As altas taxas de juros são apontadas como principal motivo de preocupação pelos empresários do setor da indústria da construção.
No último trimestre de 2022, a questão segue liderando o ranking dos principais problemas enfrentados pelo setor, conforme pesquisa divulgada nesta segunda-feira (23).
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Os dados são da Sondagem Indústria da Construção de dezembro de 2022 realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Conforme o estudo, o problema das elevadas taxas de juros foi apontado por 30,6% do total das empresas como um dos principais entraves do setor.
A questão já tinha chegado à primeira posição do ranking no terceiro trimestre do ano passado e, nos últimos três meses de 2022, recebeu 0,6 ponto porcentual a mais de sinalizações.
Ainda conforme a Sondagem, em segundo lugar na lista das principais preocupações da indústria da construção, com 28,5%, está a elevada carga tributária.
Na sequência aparece a falta ou alto custo do trabalhador qualificado, marcado por 23,5% das empresas.
E, com praticamente o mesmo porcentual, atrás do terceiro lugar, está a falta ou alto custo de matéria-prima, que recebeu 23,4%.
Em quinto lugar, a burocracia excessiva configura com um dos problemas apresentados pelo empresariado, com 18,6% das opções.
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Expectativas do setor da construção
A Sondagem Indústria da Construção mostra que as expectativas dos empresários caíram.
Segundo o estudo, em janeiro, o Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da construção caiu 1,1 ponto na comparação a dezembro de 2022.
Com o dado, os números marcam 49,6 pontos, e ficam abaixo da linha de 50 pontos, indicando falta de confiança dos empresários do setor.
De acordo com informações do estudo, essa é a quarta queda consecutiva do indicador, que acumula recuo total de 13,1 pontos no último quadrimestre.
Melhora registrada
A situação financeira das empresas no quarto trimestre do ano passado (setembro, outubro, novembro, dezembro) é a melhor já registrada desde o quarto trimestre de 2013.
A Sondagem aponta um avanço no índice de satisfação de 1,6 ponto, para 49,5 pontos.
“O número se situa muito próximo da linha divisória de 50 pontos, aproximando a média do índice para um nível satisfatório”, reforça a CNI.
O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção caiu para 46,6 pontos em dezembro.
Já o índice de evolução do nível de número de empregados que recuou para 46,9 pontos.