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Cebola, tomate, mamão e melancia ficam mais baratos, aponta Conab

Cebola, tomate, mamão e melancia ficam mais baratos, aponta Conab

Dados abordam as chuvas intensas do início do ano de 2024 que atingiram diversas Centrais de Abastecimento - Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Quem for à feira ou supermercado para comprar frutas e verduras deve optar por cebola, tomate, mamão e melancia.

Essas hortaliças ficaram mais baratas no último mês, de acordo com o 2º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (22), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em janeiro, o período de chuvas impactou na reversão do movimento de alta de preço que vinha se apresentando no mercado de cebola e influenciou na contenção dos preços.

Já no caso do tomate, a queda nas cotações é explicada pelo aumento na oferta. Os envios de São Paulo, por exemplo, apresentaram aumento de quase 50%.

Entretanto, esse cenário pode não se repetir em fevereiro. No início deste mês, os preços voltaram a apresentar alta, muito provavelmente pela reduzida disponibilidade de tomate em ponto de colheita.

Também foi verificado um aumento na oferta tanto para o mamão papaya quanto para o formosa, o que influencia nos menores preços praticados.

O calor nas principais regiões produtoras acelerou o amadurecimento, e muitas frutas tiveram que ser colhidas muito pequenas.

Além da maior quantidade ofertada nos mercados, a demanda foi baixa, outro fator de pressão de queda nas cotações.

Já na melancia, a redução nos preços é explicada, principalmente, pela menor demanda verificada na região Centro-Sul do país, devido ao tempo mais chuvoso e à menor qualidade de alguns carregamentos de melancia originários de praças gaúchas e paulistas.

Os dados estatísticos da Conab são levantados em dez Centrais de Abastecimento do país.

Clima impacta preços

Cenoura

Por outro lado, as chuvas registradas em janeiro em importantes regiões produtoras da cenoura, por exemplo, prejudicaram a colheita, reduzindo os volumes da raiz disponíveis nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país.

Segundo o levantamento da Conab, os preços do produto no atacado mais que dobraram nas Ceasas de Goiânia, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

A menor elevação foi registrada em Brasília, onde foi verificado um aumento de 38,89%. Com isso, o percentual de alta da média ponderada da cenoura ficou em 96,91%.

A menor oferta registrada no mercado atacadista influenciou diretamente nos preços da cenoura. Depois de ter atingido os maiores volumes de comercialização nos últimos três meses do ano passado, em janeiro a movimentação nesses entrepostos apresentou queda de quase 20%, em relação a dezembro de 2023.

Minas Gerais, principal abastecedor dos mercados nacionalmente, teve seus envios às Ceasas reduzidos em cerca de 30%.

Goiás, outro estado importante na produção de cenoura, também registrou uma redução em torno de 25% no volume enviado.

O clima desfavorável para a colheita também afetou a produção e os plantios, o que poderá ocasionar novas altas de preço nos meses seguintes.

Batata

Alta também para a batata, que na média ponderada subiu 35,25%. Segundo o Boletim da Conab, o abastecimento do tubérculo está concentrado na safra das águas, que não tem sustentado os níveis de oferta.

As chuvas sobre as principais regiões produtoras ocasionaram o atraso do plantio, impactando nos envios aos mercados em janeiro.

Já para a alface não foi verificado um movimento uniforme no comportamento dos preços nas Ceasas analisadas. Ainda assim, a média ponderada teve uma leve alta de 6,28%.

Banana

Dentre as frutas, a maior elevação nos preços ficou para a banana.

Na média ponderada a alta ficou em 13,84%, sendo Brasília e Rio de Janeiro as Ceasas que registraram os maiores acréscimos nos índices percentuais, 33,65% e 26,09% respectivamente.

A subida das cotações é explicada, principalmente, pela entressafra da produção da variedade prata na Bahia e no norte de Minas Gerais, principais fornecedores aos mercados atacadistas.

Laranja

A laranja também ficou mais cara. Os altos preços se deveram à oferta restrita para o varejo e à forte demanda tanto da indústria quanto do atacado.

A procura internacional por suco se mantém aquecida. Além disso, vale lembrar que as três safras anteriores foram menores, o que possibilita que os estoques das frutas permaneçam baixos. Esse cenário contribui para que haja pressão de alta nos preços.

Maçã

No que tange ao mercado de maçã, ocorreram pequenas elevações na maioria das Ceasas. Esse aumento se justifica por causa da baixa oferta.

No entanto, a menor demanda, resistente aos preços elevados já praticados, ajudou a frear a alta.

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