Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Amazonas ocupa o terceiro lugar no ranking entre os estados com maior déficit habitacional.

Com 14,5%, o estado fica atrás apenas do Amapá, 18% e Roraima, 17,2%.

Ainda segundo o IBGE, a população que faz parte desse grupo, de quase 15%, moram ou em uma casa precária, ou várias pessoas em um espaço pequeno, ou ainda gastam quase 40% do salário para pagar um aluguel.

O cálculo do déficit habitacional compreende três componentes principais, veja:

  • Ônus excessivo com aluguel urbano (38,9%) – refere-se a famílias com renda domiciliar de até três salários mínimos que gastam mais de 30% dessa renda com aluguel. Este é o maior componente do déficit habitacional em Manaus, capital do estado, com 40.272 domicílios.
  • Coabitação (32,9%) – situações em que muitas pessoas, parentes  moram em um mesmo imóvel. Na capital, cerca de 34.097 imóveis estão ocupados dessa forma.
  • Habitação precária (28,1%) – inclui áreas de risco, locais sujeitos a alagamentos, risco de deslizamentos ou falta de saneamento básico. Em Manaus, por exemplo, existem 29.102 moradores nessas condições.

Segundo o diretor-presidente da Superintendência Estadual de Habitação (Suhab), Jivago Castro, relatou que o problema de coabitação inclui hábitos culturais.

Entre as medidas adotadas pelo governo estadual para reduzir esse deficit está o projeto Prosamim+, que visa oferecer moradias para pessoas em área de risco, principalmente, com casas próximas a igarapés.

Causas principais do déficit

As principais causas do déficit habitacional no Amazonas incluem o crescimento populacional nas áreas urbanas sem um correspondente aumento na oferta de habitações, o alto custo dos imóveis em algumas regiões, especialmente na capital, manaus, e a falta de infraestrutura básica em áreas mais remotas.

Impactos sociais e econômicos

O déficit habitacional não apenas afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas, mas também pode ter impactos sociais e econômicos mais amplos. 

A falta de moradias adequadas pode contribuir para problemas como o crescimento de favelas e assentamentos informais, agravando questões de segurança, saúde pública e acesso a serviços básicos.

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