O Pix bateu recorde de transações na última sexta-feira (5), foram 224 milhões de transferências entre contas bancárias, segundo o Banco Central (BC).
Com um número tão grande de transações, não é difícil crer que algumas tenham sido feitas realmente por engano.
Com o aumento da utilização do Pix para pagamentos e transferências, também crescem os casos de golpes que visam prejudicar os clientes bancários.
Como funciona o golpe do Pix?
Neste cenário, os golpistas passam a praticar o golpe do Pix errado. O primeiro passo dado pelos fraudadores é fazer uma transferência para a conta da vítima, como parte das chaves Pix e um número de celular. Não é difícil para o golpista conseguir um número de telefone e realizar o Pix.
Logo em seguida à transferência, a pessoa entra em cenário com a pessoa pelo número de telefone, seja ligação ou mensagem de whatsapp, por exemplo.
Uma vez feito contato, o criminoso tenta convencer a vítima de que fez a transferência por engano e usa técnicas de persuasão para que o suposto beneficiado devolva o dinheiro.
“Estava precisando receber um dinheiro para pagar o aluguel, mas o rapaz mandou no número errado. Você pode transferir aqui para mim”, relata um usuário do X (antigo Twitter), cuja mãe teve R$ 600 depositados na conta bancária.
Como se proteger do golpe do Pix?
É intuitivo pensar que a primeira forma de descobrir se o contato suspeito trata-se de um golpe é checar se o dinheiro foi realmente depositado na conta da vítima. Para isso, basta conferir o extrato bancário.
Antes de confirmar qualquer transação via Pix, verifique cuidadosamente os dados do destinatário para garantir que estão corretos.
Golpistas pressionam frequentemente por transferências imediatas. Sempre verifique a autenticidade da solicitação antes de agir.
Evite compartilhar suas chaves Pix em redes sociais ou com desconhecidos. Mantenha suas chaves protegidas.
O que diz a Febraban?
Em junho, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou que sugeriu ao BC uma melhoria no Mecanismo Especial de Devolução que, atualmente, consegue bloquear dinheiro fruto de fraude apenas na conta que recebeu o recurso, a chamada primeira camada, que pode simplesmente ser zerada pelos golpistas. Com o Med 2.0, o rastreio e o bloqueio passarão a mais camadas.
“Já observamos que os criminosos espalham o dinheiro proveniente de golpes e crimes em várias contas de forma muito rápida e, por isso, é importante aprimorar o sistema para que ele atinja mais camadas”, afirmou à época o diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria.