Após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar um crescimento de 1,4% no PIB do segundo trimestre, superando as previsões de 0,9% a 1%, especialistas estão perplexos.

A economia já havia surpreendido em 2022 e 2023, e continua difícil prever seu comportamento. O impacto da catástrofe no Rio Grande do Sul foi menor do que o esperado, o setor agropecuário teve uma queda, mas o mercado de trabalho está aquecido e os investimentos cresceram.

Apesar das boas notícias, o crescimento de 1,4% levantou dúvidas sobre a sustentabilidade da trajetória econômica e o impacto dos dados futuros.

O que diz o IBGE

Segundo o IBGE, essa expansão tem explicações: O calendário eleitoral, que antecipa despesas para a primeira metade do ano, e os gastos para combater as enchentes no Rio Grande do Sul também influenciam esses gastos, o aumento no número e na remuneração dos funcionários públicos.

As transferências de renda através dos programas sociais, o que tem gerado uma gradativa distorção estrutural na economia, já que os rendimentos do trabalho têm caído, enquanto tem aumentado a renda das pessoas mediante repasses governamentais. É como diz o ditado popular: estamos dando o peixe, mas não estamos ensinando como pescá-lo.

Sobre o PIB

Além do consumo do governo, outra alavanca do crescimento do PIB, que vem se mantendo já há bastante tempo, é o consumo das famílias que, com um mercado de trabalho aquecido e aumento do rendimento médio, na maioria engordado pelas transferências de renda, cresceu 1,3%. Isso também já estava nas contas dos economistas. Como o consumo do governo, a extensão disso é que era o xis da questão.

Como já alertou alguns economistas, a economia brasileira está crescendo acima de seu potencial.

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