Nos últimos meses, muitos consumidores têm notado uma grande alta no preço do azeite, com valores que variam entre R$ 40 e R$ 60 por litro. A questão que surge é: por que o azeite está tão caro?

Para entender essa questão, é importante observar que diversos fatores estão influenciando esse aumento, desde condições climáticas adversas até crises globais e custos de produção.

Clima e produção agrícola

Um dos principais fatores que explicam por que o azeite está tão caro é o impacto das mudanças climáticas. Regiões que são tradicionalmente grandes produtoras de azeite, como Espanha, Itália e Grécia, têm enfrentado extremos climáticos que afetam diretamente as plantações de oliveiras.

Secas prolongadas e, em outros casos, enchentes devastadoras estão comprometendo a produção de azeitonas, que são a matéria-prima essencial para o azeite.

Essas condições climáticas prejudicam a colheita, reduzindo drasticamente a quantidade de azeitonas disponíveis. Como resultado, a produção global de azeite diminui, fazendo com que o preço suba.

Além disso, o aumento das temperaturas também tem favorecido a proliferação de pragas e doenças que afetam as oliveiras, como a “gale de oliva” e a “cochonilha”, que prejudicam ainda mais as plantações e exigem tratamentos caros, elevando os custos para os produtores.

Custos de produção elevados

Outro motivo que explica por que o azeite está tão caro está relacionado ao aumento dos custos de produção. Insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas, tiveram seus preços aumentados, o que impacta diretamente o custo de cultivar e manter as oliveiras saudáveis.

Além disso, os custos trabalhistas em países produtores também subiram, tornando a produção de azeite ainda mais onerosa.

A pandemia de COVID-19 agravou a situação, uma vez que as cadeias de suprimentos globais sofreram grandes interrupções, resultando em fretes mais caros.

O aumento nos custos de transporte encareceu ainda mais o produto final, especialmente em países que importam grande parte do azeite que consomem.

Especulação no mercado global

O mercado internacional de azeite também está sujeito a flutuações de preço causadas pela especulação. Quando há uma escassez de oferta e a demanda continua alta, como ocorre agora, os preços disparam.

Países produtores competem entre si no mercado global, e, em cenários de baixa oferta, os preços sobem naturalmente. Essa dinâmica de mercado também contribui para que o azeite esteja tão caro nas prateleiras dos supermercados.

Dicas para economizar no uso de azeite

Apesar da alta nos preços, é possível adotar algumas estratégias para economizar e continuar utilizando o azeite de maneira eficiente na cozinha. Abaixo, algumas sugestões práticas:

  1. Compre embalagens maiores: Geralmente, comprar azeite em embalagens maiores resulta em economia, pois o custo por litro tende a ser mais baixo.
  2. Reduza a quantidade nas receitas: Pequenas quantidades de azeite já podem dar sabor às preparações, e reduzir seu uso nas receitas pode fazer com que o produto dure mais tempo.
  3. Experimente outras marcas: Marcas menos conhecidas, mas de boa qualidade, podem oferecer azeites a preços mais acessíveis.
  4. Armazene corretamente: Mantenha o azeite em um local fresco e escuro, para que ele não oxide rapidamente e perca sua qualidade, evitando desperdícios.

Alternativas ao azeite

Se o azeite está tão caro que ficou inviável para o seu orçamento, algumas alternativas podem ser utilizadas em diferentes preparações culinárias.

Embora o azeite seja conhecido por seus benefícios à saúde, especialmente por ser rico em gorduras boas, outras opções podem ajudar a substituir seu uso em certas receitas.

  • Óleo de girassol ou canola: Esses óleos são mais baratos e funcionam bem em frituras e outras preparações. Embora não tenham o mesmo valor nutricional, são boas opções para quem deseja economizar.
  • Manteiga ou margarina: Em algumas receitas, especialmente na culinária, a manteiga pode ser uma substituta interessante, adicionando um sabor diferenciado aos pratos.
  • Caldo de legumes ou água: Para preparações como refogados, usar caldo de legumes ou até mesmo água pode ajudar a reduzir o uso de óleo ou azeite, sem comprometer o sabor.