A partir de 1º de novembro, entra em vigor a bandeira amarela nas contas de luz, uma notícia bem-vinda para quem busca uma conta de luz mais barata.

Após dois meses sob a bandeira vermelha, que aumentou o custo da energia elétrica, a mudança para a bandeira amarela representa uma economia significativa para os consumidores.

Entenda a diferença das bandeiras tarifárias

As bandeiras tarifárias, criadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ajudam a equilibrar o custo de geração de energia conforme as condições climáticas e de produção do momento. Existem três bandeiras principais:

  1. Bandeira Verde: significa condições favoráveis para geração de energia, sem custo adicional. É a mais barata e reflete um cenário ideal, onde a geração hidrelétrica supre bem a demanda.
  2. Bandeira Amarela: indica condições menos favoráveis, resultando em um acréscimo de R$ 1,88 para cada 100 kWh consumidos. Mesmo assim, ela é mais vantajosa do que a vermelha, tornando a conta de luz mais barata.
  3. Bandeira Vermelha (patamares 1 e 2): aciona-se em situações críticas de geração de energia, como períodos de seca. O patamar 1 acrescenta R$ 4,46 por 100 kWh, e o patamar 2 eleva ainda mais o custo para R$ 7,87 por 100 kWh, sendo a condição menos vantajosa para o consumidor.

Nos últimos dois meses, os consumidores estavam sob o regime de bandeira vermelha, patamar 2, devido à seca intensa que afetou as hidrelétricas, principalmente na região Norte do Brasil.

Essa bandeira elevou consideravelmente as contas, devido à necessidade de ativar usinas termelétricas, que têm custos mais altos. Em contraste, com a bandeira amarela, muitos já percebem uma conta de luz mais barata, especialmente aqueles que adotaram medidas de economia de energia.

Motivo para a mudança para a bandeira amarela

A transição para a bandeira amarela foi possibilitada por um aumento nas chuvas em outubro, o que aliviou a situação das hidrelétricas. Essas chuvas aumentaram os reservatórios e reduziram a necessidade de acionar usinas termelétricas, cujos custos mais elevados impactam o valor das contas.

A Aneel explica que, com a melhora na geração de energia, foi possível reduzir o custo para o consumidor.

Essa mudança para a bandeira amarela representa uma economia que alivia o orçamento doméstico. Em um período de economia apertada e inflação elevada, a perspectiva de uma conta de luz mais barata é um alento para muitas famílias brasileiras.

Impacto da bandeira vermelha na inflação

A bandeira vermelha dos últimos meses impactou não só as contas de energia, mas também a inflação do país.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento nas tarifas de energia foi um dos fatores responsáveis pela alta de 0,44% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice que mede a inflação oficial do Brasil.

A bandeira amarela pode agora contribuir para desacelerar essa alta, ajudando a conter a inflação nos próximos meses.

Dicas para manter uma conta de luz mais barata

Mesmo com a bandeira amarela em vigor, é importante adotar hábitos de economia de energia para garantir uma conta de luz mais barata. Confira algumas práticas simples para reduzir o consumo:

  1. Desligue luzes e aparelhos quando não estiverem em uso. Esse hábito faz diferença no consumo de energia e ajuda a manter a conta baixa.
  2. Aproveite a luz natural sempre que possível, especialmente durante o dia. Manter janelas e cortinas abertas ajuda a reduzir a necessidade de acender lâmpadas.
  3. Escolha eletrodomésticos eficientes, que possuem o selo Procel de eficiência energética. Esses aparelhos, embora mais caros, consomem menos energia e podem representar uma economia significativa ao longo do tempo.
  4. Evite o uso prolongado de aparelhos como ar-condicionado e aquecedor. Se precisar usá-los, ajuste a temperatura para um nível moderado e utilize o timer para desligar após um certo período.