O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conhecida como inflação prévia, revelou um aumento significativo nos preços das carnes durante o mês de outubro. Os dados foram publicados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A carne apresentou alta de 5,8% no último mês e deve continuar com preços pressionados pelo próximos meses, de acordo com economistas.

O aumento na alimentação no domicílio chegou a 1,22% em outubro, com uma alta de 5,81% registrada nos preços das carnes em geral. Os cortes que passaram por aumento foram acém, costela, contrafilé e alcatra.

Essa já é considerada a maior variação mensal das carnes desde a inflação registrada em novembro do ano de 2020, quando a variação registou um aumento de 6,54%.

De acordo com informações da CNN Brasil, especialistas explicaram que os fatores climáticos, desvalorização do real e demanda interna aquecida são os principais fatores para a alta e devem continuar impactando os preços.

“O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, revelou André Almeida, gerente do IPCA e INPC.

O aumento da demanda de exportação do Brasil é um dos fatores que influenciam o aumento dos preços. O pesquisador do Centro de Agronegócios da FGV Agro, Felippe Serigatti, explicou:

“O aquecimento da demanda interna, mesmo considerando a sazonalidade da carne dentro do mês. Outros fornecedores importantes o setor externo como EUA, Austrália e Argentina então se recompondo de problemas em seus rebanhos, o que acaba influenciando naturalmente o mercado de carne bovina internacional e incentiva o exportador brasileiro a priorizar esse nicho, porque ele obtém por um container de carne bovino exportada um valor bem maior com o fortalecimento do dólar ante ao real”, disse ele à CNN Brasil.

*Com informações da CNN Brasil.