A discussão sobre o pacote de corte de gastos continua a dominar o cenário político no Planalto. Hoje (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu novamente com ministros para aprofundar as medidas que visam garantir a sustentabilidade fiscal do país.
Até o momento, foram feitas reuniões com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Luiz Marinho (Trabalho), Rui Costa (Casa Civil), Carlos Lupi (Previdência Social) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).
Desde o segundo turno das eleições municipais, as negociações sobre o corte de despesas se intensificaram.
Contudo, até o momento, o presidente Lula ainda não fez nenhum anúncio oficial sobre as decisões tomadas.
As discussões têm envolvido, principalmente, a contenção de gastos com programas sociais, como o seguro-desemprego e o abono salarial, que estão entre os maiores gastos após a Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A Inclusão de um novo ministério nas negociações
Na segunda-feira (11), o ministro Fernando Haddad revelou que o presidente Lula pediu a inclusão de um novo ministério nas discussões sobre o corte de gastos.
“O presidente solicitou que mais um ministério fosse incluído neste esforço. A negociação deve ser concluída até quarta-feira, e acredito que haverá boa vontade para resolver isso”, disse Haddad.
Até agora, 12 ministérios participaram das reuniões sobre o pacote de corte, incluindo a área econômica, responsável por elaborar as propostas – que cuida da articulação política e jurídica.
No entanto, cinco ministérios concentram os maiores gastos e devem ser os mais impactados pelas medidas:
- Saúde
- Educação
- Trabalho e Empresa
- Desenvolvimento Social
- Previdência Social
Se confirmada a inclusão do Ministério da Defesa, este seria o sexto ministério da lista de cortes.
A pasta ocupa o quinto maior orçamento da Esplanada e segundo fontes ouvidas pelo jornal Valor Econômico, a economia gerada pela revisão da previdência militar não teria um impacto significativo.
No entanto, ainda de acordo com as fontes, a medida teria um “simbolismo”, demonstrando que a contenção de gastos não se limitaria apenas à área social.