O salário mínimo no Brasil pode subir para R$ 1.521 em 2025, segundo projeções atualizadas com base na política de valorização implementada pelo governo Lula (PT).

O novo valor representa um aumento de 7,7% em relação ao atual piso de R$ 1.412, o que equivale a um acréscimo de R$ 109 no bolso do trabalhador.

O cálculo considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para medir a inflação, e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), com base na nova fórmula instituída em 2023.

A estimativa foi divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda no último dia 18 de novembro.

Projeção oficial e orçamento

No entanto, o valor apresentado no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025 é ligeiramente menor, fixado em R$ 1.509. O texto, enviado ao Congresso Nacional em agosto, estima um aumento de 6,87% no piso, equivalente a um acréscimo de R$ 97.

O salário mínimo oficial para 2025 será definido apenas em 10 de dezembro, quando os dados finais da inflação e do INPC de novembro forem divulgados.

Impacto da política de valorização

A política de reajuste do salário mínimo implementada pelo governo Lula combina dois fatores: a inflação do ano anterior e a variação positiva do PIB de dois anos antes.

Essa regra busca garantir um aumento real do poder de compra para os trabalhadores.

Além de beneficiar os trabalhadores que recebem o piso nacional, a medida impacta diretamente o reajuste de diversos benefícios, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e os pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), incluindo o seguro-desemprego.

Salário mínimo ideal

Apesar da política de valorização, o salário mínimo atual ainda está distante do valor necessário para cobrir as despesas básicas de uma família de quatro pessoas, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em outubro de 2024, o Dieese estimou que o piso necessário seria de R$ 6.769,87, mais de cinco vezes o valor vigente. Esse cálculo leva em conta itens como alimentação, moradia, saúde, educação, transporte e lazer.