Aproximadamente 92,2 milhões de trabalhadores com carteira assinada receberam, na última sexta-feira (29), o 13º salário, conforme estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O pagamento extra, de R$ 3.096,78, terá um impacto de R$ 321,4 bilhões na economia brasileira, representando cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

A supervisora técnica do Dieese, Mariel Angeli Lopes, destacou que o 13º salário é um importante impulsionador da economia no final do ano, que aumenta a demanda em setores como comércio, bares, restaurantes, bem como hotelaria e turismo.

De acordo com a economista, o 13º também pode ser uma oportunidade para organizar as finanças pessoais, investir, montar uma reserva de emergência, a depender das necessidades financeiras de cada indivíduo.

Por fim, a conselheira do Conselho Federal de Economia (CFE), Ana Cláudia Arruda, também reforçou que o dinheiro extra pode ajudar a garantir uma saúde financeira no início do próximo ano, especialmente para aqueles que não conseguiram criar uma reserva de emergência durante o ano.

Dicas financeiras para o uso planejado do 13º salário

1. Quitação de dívidas: priorize o pagamento das dívidas com juros mais altos, como as de cartão de crédito e cheque especial, para evitar o acúmulo de juros.

2. Negociação com credores: tente negociar condições mais favoráveis de pagamento com os credores, caso não seja possível quitar as dívidas de uma vez.

3. Reserva financeira de emergência: guarde parte do recurso para situações imprevistas, como problemas de saúde ou perda de emprego. A recomendação é que a reserva seja equivalente a três a seis meses de despesas mensais.

4. Gerenciamento de gastos no início do ano: use o 13º salário para pagar despesas que costumam vencer no início do ano, como material escolar e tributos, evitando apertos financeiros.

5. Planejamento de compras: faça uma lista de itens necessários, pesquise preços e defina um orçamento para evitar gastos impulsivos, principalmente durante as datas comerciais de grande consumo.

6. Descontos: aproveite descontos, promoções e trocas por serviços mais baratos para otimizar o orçamento.

7. Novas dívidas: evite contrair novas dívidas ou fazer compras impulsivas, para não comprometer o planejamento financeiro.

8. Prazos de pagamento: caso opte por parcelar compras, procure pagar à vista sempre que possível para evitar juros. Fique atento ao acúmulo de parcelas, que pode comprometer a renda.

9. Investimentos: considere investir uma parte do 13º salário para garantir rentabilidade e alcançar objetivos futuros, como compra de imóvel ou aposentadoria. A diversificação dos investimentos pode aumentar os rendimentos e reduzir os riscos.

10. Avaliação da situação financeira: revise seus gastos para identificar desperdícios e economizar, como cancelamento de contratos ou redução de serviços não utilizados.

Orientações financeiras

Se necessário, o interessado pode procurar a orientação de um consultor financeiro para ajudar a organizar as finanças e a tomar decisões informadas sobre o uso do 13º salário.

Além disso, existem aplicativos de finanças pessoais que podem ajudar no gerenciamento de gastos e investimentos.

*Com informações da Agência Brasil