O Banco Central (BC) anunciou, nesta segunda-feira (2), que o volume diário de transações realizadas via Pix alcançou um novo recorde na última sexta-feira (29), com 239,9 milhões de operações registradas. O número superou o recorde anterior, de 227,4 milhões, registrado em 6 de setembro deste ano.
Além do aumento no número de transações, o total de dinheiro transferido também bateu recorde. Na sexta-feira, o valor total movimentado pelo Pix foi de R$ 130 bilhões, marcando a maior quantia já transferida em um único dia.
O que é o Pix?
O Pix é o sistema de pagamentos instantâneos e em tempo real do Banco Central, que foi lançado em novembro de 2020.
De acordo com a autoridade monetária, os números recentes refletem a crescente importância do Pix como uma infraestrutura digital pública, essencial para promover a inclusão financeira, a inovação e a competitividade no setor de serviços de pagamento no Brasil.
Novas regras e limites para transações no Pix
O BC também implementou novas regras para aprimorar a segurança das transações realizadas via Pix, especialmente para transferências feitas a partir de novos dispositivos.
A partir de agora, transferências realizadas em dispositivos que nunca foram cadastrados em instituições financeiras terão um limite de R$ 200 por operação.
Além disso, o limite diário para transações feitas em dispositivos não cadastrados será de R$ 1.000. Para realizar transferências acima desses valores, será necessário registrar os aparelhos nos bancos.
Vale destacar que essas novas regras se aplicam apenas a dispositivos que nunca foram utilizados para realizar operações via Pix. Para os aparelhos já cadastrados, não haverá alteração nos limites ou nas condições de uso.
Regras para instituições financeiras
As novas medidas também afetam as instituições financeiras, que deverão adotar soluções de gerenciamento de riscos para identificar transações atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente. Essas soluções devem ser alimentadas com informações de segurança armazenadas pelo Banco Central.
Além disso, o BC determinou que os bancos devem oferecer, por meio de canais eletrônicos, informações claras sobre como seus clientes podem se proteger contra fraudes no uso do Pix.
Outra mudança importante é que os bancos serão obrigados a verificar a cada seis meses se seus clientes têm registros de fraudes no sistema do Banco Central.