Em meio à discussão de propostas econômicas do governo federal, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano de 4,71% para 4,84%.

A projeção de aumento consta no Boletim Focus, divulgado, nesta segunda-feira (9), pelo Banco Central nesta segunda-feira (9).

A expectativa agora é de que a Selic termine o ano a 12,00%, maior do que os 11,75% previsto antes.

A última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) será realizada nesta terça (10) e quarta-feira (11).

Para 2025 a projeção para a taxa básica de juros também aumentou, passando de 12,63% na mediana das projeções para 13,50%.

Dados econômicos

A semana será marcada pela definição de outros dados importantes para a economia.

Nesta terça-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulga os dados dados referentes a novembro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O índice considera a inflação oficial do país, e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador que serve de referência para o reajuste do salário mínimo e de benefícios sociais.

Com as informações desses indicadores econômicos será possível saber se o recuo da inflação vai se concretizar, como aposta o Ministério da Fazenda, e calcular o salário mínimo de 2025.

Na mesma data, o Copom tem o primeiro dia de reuniões para debater a taxa básica de juros, a Selic, válida pelos próximos 45 dias.

E na quarta-feira (11), a diretoria do BC decide o valor final da Selic para 2024. Esta é a oitava e última reunião do colegiado neste ano.

O Banco Central é responsável por manter a inflação dentro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CNM). No momento, uma alta na taxa de juros é esperada devido à pressão inflacionária atual.

Pautas econômicas

A agenda econômica desta semana ainda conta com a votação de pautas importantes no Congresso Nacional, como o pacote de corte de gastos públicos, a reforma tributária e Orçamento de 2025.

Esta é a última semana antes do fim do ano para consolidar os dados macroeconômicos necessários à condução da política monetária e de benefícios sociais.

Entre as medidas de destaque anunciadas na última semana está a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, promessa da campanha do presidente Lula.