O mês de novembro encerrou com a menor taxa de desocupação já registrada desde o início da série história da PNAD Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi registrada uma queda de 6,1% no trimestre que encerrou em novembro. A queda foi de 0,5 ponto percentual em relação ao período de junho a agosto, quando a taca de desocupação estava em 6,6%.
Em comparação com o mesmo período de 2023, o Brasil registrou uma redução de 1,4 ponto percentual, já que a taxa de desemprego estava em 7,5% no ano passado.
Com isso, 6,8 milhões de pessoas ainda estão à procura de emprego, o menor número desde o fim de 2014.
De acordo com as informações divulgadas, em um trimestre, 510 mil pessoas deixaram a condição de desempregados, e, em relação ao ano passado, 1,4 milhão de pessoas saíram da fila do desemprego.
Maior número de ocupados no país
A pesquisa também revelou que a quantidade de pessoas ocupadas atingiu um novo recorde de 103,9 milhões.
Isso representa um aumento de 25,8% em relação ao período de agosto de 2020, quando o número de pessoas empregadas estava no menor patamar da série histórica.
No total, 21,3 milhões de pessoas a mais entraram no mercado de trabalho desde aquele momento.
Esse crescimento da ocupação foi impulsionado principalmente pelo aumento no número de empregados no setor privado, que chegou a 53,5 milhões, e pelos trabalhadores com carteira assinada, que totalizaram 39,1 milhões.
O setor público também registrou um aumento, alcançando 12,8 milhões de trabalhadores.
A taxa de ocupação, que indica a proporção de pessoas com 14 anos ou mais trabalhando, também atingiu o maior nível já registrado, com 58,8%.
Mercado de trabalho cresce, mas informalidade persiste
Apesar da queda no desemprego, o Brasil ainda enfrenta desafios em relação à informalidade.
A taxa de trabalhadores informais se manteve em 38,7%, equivalente a 40,3 milhões de pessoas.
Embora a taxa tenha diminuído ligeiramente em comparação com o trimestre anterior, ela segue sendo um desafio para o mercado de trabalho.
Expansão do mercado de trabalho e rendimento
Entre os setores que mais cresceram, destacam-se a Indústria, com um aumento de 2,4% (309 mil pessoas), e a Construção, com crescimento de 3,6% (269 mil pessoas).
Além disso, a Administração Pública e os Serviços Domésticos também apresentaram crescimento significativo, com aumentos de 1,2% e 3%, respectivamente.
O rendimento médio dos trabalhadores no Brasil foi de R$ 3.285, com um crescimento de 3,4% em relação ao ano passado. A massa de rendimento totalizou R$ 332,7 bilhões, um recorde, com um aumento de 7,2% no ano.