O Ministério da Educação (MEC) pretende lançar uma nova versão do programa “Pé-de-Meia”, desta vez direcionada a universitários matriculados em cursos de licenciatura, conforme anunciado pelo ministro da Educação Camilo Santana.

A iniciativa tem como objetivo incentivar jovens a seguir a carreira docente e foi anunciada durante coletiva de imprensa em 1º de novembro, após o Encontro Global da Educação, em Fortaleza.

A proposta busca atender à crescente demanda por professores, especialmente em áreas como matemática, física, química e biologia. Este programa específico faz parte de um plano mais amplo, que inclui incentivos financeiros para estudantes do ensino superior, com foco em cotistas e inscritos no CadÚnico.

Pé-de-meia para licenciatura

  • Bolsa acima de R$ 500 será oferecida aos participantes;
  • Nota do Enem será utilizada como critério de ingresso;
  • Poupança estudantil será criada para beneficiar os inscritos.

Segundo Camilo Santana, a expectativa é que o programa esteja em funcionamento já no próximo ano, permitindo que estudantes do Enem saibam, ao optar por cursos de licenciatura, que receberão uma bolsa.

“Queremos atrair os melhores alunos para a licenciatura. Há uma carência de professores qualificados em diversas áreas”, destacou o ministro.

Outra iniciativa em estudo pelo MEC é a utilização do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) como critério de seleção unificada para professores em escolas públicas do país.

Atualmente aplicado pelo Inep, o Enade passou a ser realizado anualmente em cursos de licenciatura e pode se tornar uma ferramenta nacional para ingresso na carreira docente.

Sobre o programa “Pé-de-Meia”

A versão já em operação do “Pé-de-Meia” oferece auxílio financeiro a estudantes de baixa renda do ensino médio público, com foco na redução da evasão escolar. O programa é destinado a jovens de 14 a 24 anos, cujas famílias estejam inscritas no CadÚnico.

Os valores pagos incluem:

  • R$ 200 ao fazer a matrícula;
  • R$ 1.800 anuais, pagos em parcelas mensais;
  • R$ 1.000 anuais para quem concluir o ano letivo sem reprovação;
  • R$ 200 adicionais por participação no Enem.

Com a ampliação para licenciatura, o governo busca não apenas fortalecer a educação básica, mas também formar novos profissionais para atender às demandas do sistema educacional.

*Com informações do portal g1.