A partir desta quarta-feira, 1º de janeiro, entra em vigor o novo valor do salário mínimo, que será de R$ 1.518.

O reajuste, que representa um aumento de 7,5%, começará a impactar os salários dos trabalhadores a partir de fevereiro. Esse aumento leva em conta a inflação de 2024 e o crescimento da economia brasileira, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB).

O valor final ficou R$ 10 abaixo do que havia sido previsto pela regra de valorização real do salário mínimo, instituída no início do governo Lula 3. Essa regra considerava a inflação acumulada de 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o crescimento do PIB dois anos antes.

Com o INPC de 4,84% e o PIB de 2023 registrado em 3,2%, o salário mínimo deveria ser de R$ 1.528 em 2025. No entanto, o pacote fiscal do Ministério da Fazenda alterou essa previsão e limitou o reajuste ao arcabouço fiscal, com um aumento máximo de 2,5%.

“É importante lembrar, e o presidente Lula destacou hoje, durante a assinatura do decreto, que em seu governo o salário mínimo terá reajuste acima da inflação em todos os anos, ou seja, ganho real. Um compromisso com o processo de distribuição de renda, que é o papel do salário mínimo”, ressaltou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, segundo divulgou a pasta.

Para o ministro, seria uma “tragédia” se não houvesse a política de valorização do salário mínimo que foi aprovada em 2023. A expectativa de Marinho é que em 2025 o país continue com o seu ciclo de crescimento.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 59 milhões de pessoas no Brasil têm rendimento ligado ao salário mínimo. Cerca de 19 milhões de aposentados e pensionistas recebem o valor do salário mínimo.

Com informações de Agência Brasil