O teto dos juros do crédito consignado para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi reajustado, passando de 1,7% para 1,8% ao mês.
A medida, anunciada recentemente, visa adaptar as condições de financiamento às novas dinâmicas econômicas, incluindo inflação e taxas de mercado.
O que é empréstimo consignado?
O empréstimo consignado é uma das modalidades de crédito mais acessíveis para aposentados e pensionistas, já que as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento, reduzindo os riscos para os bancos.
No entanto, o aumento na taxa máxima permitida pode impactar o custo total dos financiamentos, exigindo maior atenção dos segurados ao contratar o serviço.
Especialistas recomendam que os beneficiários avaliem cuidadosamente as condições antes de firmar contratos, observando o valor das parcelas e o impacto no orçamento.
Mesmo com o aumento do teto, o consignado continua sendo uma das opções de crédito com juros mais baixos do mercado, mas é importante usá-lo com planejamento para evitar endividamento excessivo.
O reajuste também reacende debates sobre a proteção dos aposentados contra possíveis abusos financeiros e a necessidade de regulação no setor de crédito consignado.
Aumento do teto de juros
O aumento no teto vem depois das altas da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que passou de 10,50% para 12,25% ao ano nos últimos 5 meses.
É que a elevação da taxa Selic faz o dinheiro emprestado ficar mais caro.
Como o teto dos juros do consignado estava congelado desde junho de 2024, os bancos alegaram prejuízo na operação. Por isso, reduziram a oferta de empréstimos.
As instituições financeiras pediam teto de 1,99% ao mês para permitir a retomada parcial das concessões, mas foram voto vencido por 13 a 1.
Segundo o governo, a decisão demonstra a coerência do Conselho Nacional da Previdência Social frente ao crescimento desse tipo de empréstimo.
A medida entra em vigor cinco dias após a publicação no Diário Oficial da União.