Rondônia alcançou um novo recorde na exportação de carne bovina em 2024, com receitas que somaram US$ 1,16 bilhão.
O valor representa um crescimento de aproximadamente 20% em relação ao ano anterior, quando o estado exportou US$ 960,9 milhões.
Esse avanço acompanha a tendência da pecuária nacional e reflete o aumento no número de animais abatidos. Em 2024 chegou a 3,1 milhões de cabeças, quase 100 mil a mais do que em 2023.
O desenvolvimento do setor tem impulsionamento pela condição sanitária do estado. Conforme certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), é reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação desde 2021.
Esse status abriu novos mercados e fortaleceu a posição de Rondônia no comércio internacional de carnes bovinas e derivados.
Os dados históricos reforçam o ritmo de crescimento. Em 2021, o estado registrou US$ 778,7 milhões em exportações de carne bovina.
Desde então, as receitas aumentaram progressivamente, acompanhadas pela expansão do abate de bovinos.
O número de cabeças abatidas passou de 1,9 milhão em 2021 para 3,1 milhões em 2024. Entre 2023 e 2024, observou-se um crescimento significativo no abate de fêmeas, que atingiu 1,52 milhão de cabeças, quase equiparando-se ao de machos, que somou 1,56 milhão.
Especialistas atribuem parte desse desempenho à valorização da arroba do boi e à modernização dos sistemas de defesa agropecuária.
Nos últimos anos, investimentos voltados à melhoria das condições sanitárias e ao fortalecimento das atividades de fiscalização têm consolidado Rondônia como um dos principais polos da pecuária brasileira.