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Dúvidas sobre o Pix? Entenda as mudanças nas modalidades de pagamento

PIX transações

Uma das principais questões discutidas foi sobre a cobrança de valores diferentes - Foto: Sidney de Almeida/shutterstock

Com as recentes mudanças no sistema de pagamentos no Brasil e as novas exigências da Receita Federal para monitoramento mais rigoroso das transações via PIX, surgiram dúvidas entre os consumidores.

Em entrevista ao Grupo Norte de Comunicação (GNC), Jalil Fraxe, diretor-presidente do Procon-AM, abordou questões importantes relacionadas ao PIX e aos direitos do consumidor.

Modalidades de pagamento

Fraxe destacou as modalidades de pagamento existentes no país, que são o dinheiro em espécie, os cartões de crédito e débito, o boleto bancário e o PIX.

Ele também mencionou as notícias recentes sobre o monitoramento de valores pagos. Jalil esclareceu que, do ponto de vista do direito do consumidor, é importante entender algumas regras estabelecidas por lei.

Carteiras digitais para facilita uso de pagamento – Foto: Freepik

Uma das principais questões discutidas foi sobre a cobrança de valores diferentes, dependendo da forma de pagamento.

“A Lei 13.455 de 2017 prevê a possibilidade de cobrança de valores diferentes a depender da forma de pagamento. Ou seja, se você pagar em dinheiro, pode ser mais barato do que pagar no cartão, devido à taxa cobrada pelo uso do cartão”, explicou o diretor-presidente.

Dúvidas sobre pagamento por PIX

Ele acrescentou que essa lei, no entanto, não contemplava o PIX, já que ele surgiu posteriormente.

Fraxe esclareceu que não há obrigatoriedade para que empresas aceitem qualquer modalidade de pagamento que não seja o dinheiro em espécie.

Notas de real – Foto: Pexels

“As empresas não podem se recusar a aceitar dinheiro, a moeda corrente nacional. Fora isso, o estabelecimento pode optar por aceitar outras formas de pagamento”, disse.

Sobre a aceitação do PIX, o diretor-presidente do Procon-AM destacou que, embora o PIX facilite a vida do consumidor, não há obrigatoriedade para que os estabelecimentos aceitem essa forma de pagamento.

“Alguns podem se recusar a aceitar PIX, mas ele é uma forma de facilitar o pagamento e fidelizar o cliente”, completou.

O Pix será cobrado?

Apesar das mudanças no monitoramento das transações, a nova regra não impõe nenhuma taxa adicional para as transferências realizadas via PIX.

O Pix é o meio de pagamento preferido dos brasileiros – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

As transferências entre pessoas físicas continuam isentas de tributação, exceto quando realizadas por meios diferentes do aplicativo do PIX ou quando o pagamento for feito para fins comerciais.

Além disso, transferências que ultrapassem o limite de 30 transações mensais ou que envolvam o uso de QR Code dinâmico também podem gerar cobranças, conforme as novas regulamentações.

Para pessoas jurídicas, a tributação sobre o PIX já está em vigor desde 2020. Contudo, isso ocorre apenas em situações específicas.

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