A Secretaria Municipal de Educação (Semed) frustou os professores de Manaus ao anunciar, nesta sexta-feira (2), reajuste salarial de 4,5% para a data-base deste ano.

A decisão está bem longe do pedido de 15% feito inicialmente pelo Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas de Manaus (Asprom Sindical).

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Por conta disso, a entidade convocou, para este sábado (3), uma nova Assembleia Geral para analisar a nova contraproposta da data-base 2023 da Categoria dos Professores e Pedagogos da Semed/Manaus.

Segundo o sindicato, os docentes decidirão se aceitam o valor divulgado pela prefeitura, que não chega a um terço dos 15% de aumento esperados pelos professores.

A nova assembleia acontecerá a partir de 9 horas, na Praça de Alimentação da Cidade Nova, na Zona Norte da capital.

“Iremos apreciar, discutir e decidir sobre a nova contraproposta. Sua participação [professores] é de extrema importância”, informa a convocação da Asprom divulgada em redes sociais e confirmada ao Portal Norte.

Anúncio de nova assembleia a ser realizada pela Asprom

Asprom

O Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas de Manaus (Asprom sindical) ressaltou ao Portal Norte que somente ele representa a classe dos profissionais de educação da rede municipal da capital e é quem defende os interesses reais da categoria.

“Só o Asprom Sindical representa professores em Manaus. Não tem outro sindicato”, comentou Lambert Melo, coordenador jurídico da entidade.

Lambert explicou que os técnicos administrativos, que trabalham na Semed, são representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) e, por isso, estavam presentes na reunião desta sexta sobre a data-base.

“São duas categorias de profissionais diferentes, representados por sindicatos diferentes”, esclareceu.

Reunião com a Semed

De acordo com a Semed, o estudo do reajuste de 4,5% foi apresentado nesta sexta aos sindicatos que representam os profissionais de educação.

A proposta deve ser enviada à Câmara Municipal de Manaus (CMM), para apreciação dos vereadores.

Caso aprovado, o pagamento será realizado ainda no mês de junho, com efeito retroativo a maio, mês que é referência anual para a correção salarial da categoria.

Auxílio-alimentação

Outro aumento anunciado pela Prefeitura de Manaus aos profissionais da educação é o do auxílio alimentação, de 9,1%.

Na postagem feita em uma rede social do prefeito, uma seguidora critica o percentual e questiona David Almeida e a secretária de educação.

“Senhora secretária e senhor prefeito, nosso vale alimentação atual é de apenas R$ 321,66. Pergunto, sinceramente, aos senhores e aos membros da Câmara Municipal se aumentar apenas 9,1% vai dar pra melhorar em alguma coisa a alimentação dos servidores da educação? Mais ou menos 29 reais, que mal dá pra comprar 1 forma de ovos. Isso que é valorização dos seus servidores que tanto se dedicam à educação municipal de nossa cidade?”, postou.

Comentário sobre reajuste do auxílio-alimentação aos professores - Foto: Reprodução/Instagram@davidalmeidaam
Comentário sobre reajuste do auxílio-alimentação aos professores – Foto: Reprodução/Instagram @davidalmeidaam

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Soma de datas-bases

Nesta sexta, a prefeitura também divulgou que desde 2021 já acumula aumentos aos professores que somam 30,61% nas datas-bases da categoria.

Com a proposta atual de 4,5%, o piso salarial dos professores com carga horária de 20 horas passará a ser de R$ 3.364,67.

Para quem tem carga horária de 40 horas, o piso chegará a R$ 6.555,52.