O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) realizará, na próxima quinta-feira (21), das 8h às 18h, a Conferência Livre “Sistemas de Conhecimentos: tradicional indígena e científico – Diálogos Possíveis”. O evento será transmitido na internet, através do canal do Inpa no YouTube.
O evento deste mês é uma preparação para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que acontece em Brasília entre os dias 4 e 6 de junho, e definirá a estratégia de política científica do Brasil.
A conferência do dia 21 acontecerá no Auditório da Ciência do Inpa e contará com a participação de acadêmicos e cientistas não indígenas e indígenas, além de representantes institucionais e as lideranças ligadas ao setor de Ciência e Tecnologia.
O Inpa espera que consiga levar para o evento as demandas de uma política pública para viabilizar a formação de cientistas indígenas.
No evento, haverá discussões sobre a participação dos cientistas indígenas e a importância de uma política pública que viabilize sua formação.
Durante o evento, será abordará a participação dos indígenas na pesquisa dos viajantes naturalistas até o século XX e as experiências de projetos e Programas de Pós-Graduação (PPGs).
Outro ponto alto da programação será a apresentação de experiências de estudantes de povos indígenas distintos na universidade e em instituições de pesquisa.
A conferência também contará com blocos de informação, abordando diferentes aspectos da temática. Teremos palestras, mesas-redondas e momentos de interação, nos quais você poderá compartilhar suas ideias e experiências.
Henrique Pereira, diretor do Inpa, reafirma a necessidade de uma reparação histórica por parte da sociedade pelos séculos de inferiorização e subalternização com os povos originários da América:
“Queremos retomar no Inpa o diálogo de saberes e inaugurar uma nova relação, desta vez mais horizontal, entre as ciências (os cientistas) ocidentalizadas das quais os pesquisadores do Inpa são referências e as ciências indígenas produzidas e reproduzidas pelos especialistas indígenas”, afirma Henrique.