Os servidores do Instituto Federal de Roraima (IFRR) decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira, 16, aderir à greve nacional das instituições federais de ensino.
A paralisação terá início a partir do dia 22 de abril de 2024.
Desta forma, cinco pontos integram a pauta de reivindicações. São eles:
- reestruturação das carreiras de técnicos administrativos e de docentes;
- recomposição salarial;
- revogação das normas que prejudicam a educação federal, aprovadas no período de 2016 a 2022;
- recomposição do orçamento; e
- reajuste imediato dos auxílios e das bolsas dos estudantes.
Segundo o presidente da Seção Roraima do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Ornildo Roberto, o grupo vem dialogando com o Governo desde o ano passado, para atendimento das demandas da categoria.
“Nós solicitamos que nos atendessem em relação a uma série de problemas que perpassam as instituições. A reestruturação dentro da carreira não oferece perspectiva de crescimento na carreira, pois chega em um determinado ponto que ficamos estagnados na carreira”, disse.
O presidente do Sinasefe em Roraima disse ainda que existe defasagem nas remunerações dos servidores.
“Em relação aos técnicos, se comparamos com outros poderes, nossos técnicos têm o pior salário do país. É um valor que não estimula a vontade de entrar no serviço público”, afirmou.
“Nos últimos 6 anos, tivemos perdas muito elevadas. Com isso, as instituições estão passando por situações caóticas. Falta incentivo para os alunos também, como bolsas”, lamentou.
Paralisação pelo Brasil
Mais de 20 instituições federais de ensino já aderiram à greve nacional e outras devem aderir, a partir da próxima semana, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
O movimento grevista começou nesta segunda-feira, 15.
Das 24 instituições federais em greve, 18 são universidades.
Entre as que vão aderir, a partir da próxima semana, está a Universidade Federal de Roraima (UFRR).