A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (16) a quarta fase da Operação Passe Livre, que tem como alvo um grupo criminoso responsável por fraudar vestibulares de medicina em instituições privadas.
A operação, realizada nos estados do Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins, é um desdobramento das investigações iniciadas em fevereiro.
Segundo a PF, o esquema envolvia a resolução de provas por terceiros em troca de R$ 2 mil. Até o momento, foram identificadas fraudes em vestibulares online, onde candidatos tinham acesso ilegal às questões das provas.
Entre as táticas usadas, está a substituição dos candidatos reais por membros da quadrilha, que realizavam os exames em nome deles. Em alguns casos, até nove candidatos eram beneficiados simultaneamente.
A investigação já analisou e apreendeu diversos materiais, apontando que mais de 30 pessoas participaram ativamente do esquema. Entre os crimes identificados estão estelionato, falsidade ideológica, uso de documentos falsos e associação criminosa.
A PF destacou a sofisticação do grupo, que conseguia burlar com facilidade os sistemas de segurança dos exames. A operação apurou que 63 pessoas foram beneficiadas até o momento, algumas delas já formadas em medicina graças às fraudes.
Os envolvidos podem responder por diversos crimes e a investigação continua em andamento, com o objetivo de identificar outros participantes e possíveis ramificações do esquema.