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Enem 2024: quais são os erros mais comuns na redação?

As provas do Enem 2024 serão aplicadas em dois domingos, em 3 e 10 de novembro - Foto: Arquivo/Agência Brasil

As provas do Enem 2024 serão aplicadas em dois domingos, em 3 e 10 de novembro - Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Enem 2024 está se aproximando, e com isso, cresce a preocupação dos estudantes com a redação, uma das partes mais importantes da prova. A redação tem um peso significativo na nota final, o que leva muitos candidatos a intensificar a preparação para garantir um bom desempenho.

No entanto, mesmo com dedicação, alguns erros comuns continuam a prejudicar muitos estudantes. Com base em um estudo realizado pela plataforma Redação Nota 1000, que analisou mais de 252 mil redações de candidatos ao Enem, listamos os erros mais frequentes e como evitá-los.

1. Erros de ortografia e pontuação

A ortografia e a pontuação são fundamentais para garantir a clareza e coesão do texto. O Enem exige o uso da norma culta da língua portuguesa, o que torna a correção ortográfica um dos principais pontos de atenção.

Uma dica importante para evitar erros de ortografia é substituir palavras cuja grafia seja incerta por termos que o estudante tenha certeza de como escrever corretamente. Além disso, o uso correto do hífen em palavras compostas e a separação silábica também são pontos que merecem atenção.

2. Regência verbal

Outro erro bastante comum nas redações do Enem está relacionado à regência verbal, que envolve o uso correto das preposições exigidas por alguns verbos. É essencial conhecer os verbos que mudam de sentido conforme a regência. Um exemplo é o verbo ‘assistir’, que pode significar tanto presenciar quanto cuidar, dependendo do contexto.

A estruturação correta das frases é fundamental para a clareza do texto. O estudo revelou que 36,79% dos textos analisados apresentavam falhas de sintaxe. Portanto, é importante que os candidatos fiquem atentos à concordância verbal e nominal, garantindo que o sujeito da frase esteja em acordo com o verbo utilizado.

3. Uso formal da língua

A redação do Enem exige um uso formal da língua, o que significa evitar gírias, clichês e abreviações. É importante que os candidatos explorem temas relevantes e apresentem uma argumentação rica. O estudo mostrou que 17,26% dos estudantes enfrentam dificuldades com o uso formal da língua, o que pode prejudicar a nota.

A leitura frequente e a consulta a dicionários são práticas recomendadas para ampliar o vocabulário e evitar erros. É importante que os estudantes substituam expressões informais por termos formais em suas redações.

4. Falta de repertório sociocultural

A Competência II da redação do Enem avalia a capacidade do aluno de apresentar repertório sociocultural válido. No entanto, o estudo da Redação Nota 1000 revelou que 28,95% dos textos analisados não trouxeram referências adequadas. Isso pode comprometer o desenvolvimento dos argumentos e a coesão textual.

É recomendado que os alunos se mantenham atualizados sobre temas factuais e atuais, como inclusão social e acessibilidade. Isso ajuda a enriquecer a argumentação e a tornar o texto mais relevante e bem fundamentado.

5. Proposta de intervenção

A Competência V, que avalia a proposta de intervenção, é outra área crítica para muitos candidatos. Um dos erros mais frequentes é a ausência do elemento “meio/modo” — ou seja, a explicação de como a ação será realizada. Apenas 20,83% das redações analisadas trouxeram essa informação de forma completa.

É sugerido que os estudantes pratiquem simulados e analisem questões sociais complexas, como aquelas discutidas em modelos de simulação da ONU, para desenvolver propostas de intervenção detalhadas e viáveis.

Como estruturar a redação do enem?

Por fim, uma boa redação do Enem deve seguir uma estrutura clara: introdução, desenvolvimento e conclusão. A ausência de qualquer uma dessas partes pode resultar em penalizações significativas. Além disso, é importante estar atualizado sobre as principais questões sociais e identitárias, que costumam ser temas frequentes na prova.

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