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O que é assédio eleitoral no trabalho? Saiba o que fazer

Mais de 155 milhões de eleitores estão aptos a votar nas Eleições 2024.

Mais de 155 milhões de eleitores estão aptos a votar nas Eleições 2024. Foto: Divulgação/TSE

O assédio eleitoral no ambiente de trabalho é um problema grave que tem se tornado cada vez mais frequente durante períodos eleitorais.

Dados do Ministério Público do Trabalho (MPT) mostram que, até agosto deste ano, já foram registradas 153 denúncias de assédio eleitoral em empresas e ambientes corporativos.

Esse número é significativo, especialmente quando comparado ao período das eleições de 2022, quando foram registradas mais de 3.600 denúncias, um aumento impressionante de 1.600% em relação a 2018.

Mas, afinal, o que é assédio eleitoral no trabalho? Como ele se manifesta e quais são as medidas que os trabalhadores podem tomar para se protegerem? A seguir, iremos explorar essas questões de forma detalhada, com orientações sobre o que fazer em casos de assédio eleitoral no ambiente corporativo.

O que é assédio eleitoral no trabalho?

O assédio eleitoral ocorre quando um empregador ou colega de trabalho tenta forçar, constranger ou influenciar o voto de um funcionário em um candidato ou partido político específico.

Esse tipo de pressão pode ocorrer de diversas formas, como intimidação, ameaças de demissão, promessas de benefícios como aumento de salário ou promoções, e até mesmo a exigência de comprovação do voto em determinado candidato.

Segundo a Resolução CSJT 355/2023, da Justiça do Trabalho, qualquer forma de coação, intimidação, humilhação ou discriminação no ambiente de trabalho com o objetivo de influenciar o voto é considerada assédio eleitoral.

Além disso, fazer distinção entre funcionários com base em suas convicções políticas, seja na contratação, na demissão ou no tratamento diário, também caracteriza esse tipo de assédio.

Exemplos de assédio eleitoral no trabalho

O assédio eleitoral pode se manifestar de várias formas no ambiente de trabalho. Alguns exemplos incluem:

Um exemplo comum é quando o empregador cria uma narrativa de que, caso um candidato específico não vença a eleição, a empresa pode fechar ou reduzir o número de funcionários. Isso gera um clima de medo e insegurança entre os trabalhadores, pressionando-os a votar de uma determinada maneira.

Como provar o assédio eleitoral?

Comprovar o assédio eleitoral pode ser um desafio, mas existem várias formas de reunir evidências que podem ser usadas em uma denúncia. Algumas maneiras de provar o assédio incluem:

Quais medidas tomar se for vítima de assédio eleitoral?

Se o trabalhador identificar que está sendo vítima de assédio eleitoral, ele pode tomar várias medidas para se proteger e buscar justiça. A denúncia pode ser feita ao Ministério Público do Trabalho (MPT), à Justiça Eleitoral ou às Ouvidorias dos Tribunais Regionais do Trabalho.

Os sindicatos também desempenham um papel importante na proteção dos trabalhadores, auxiliando na denúncia e nas medidas necessárias para coibir o assédio eleitoral.

As centrais sindicais, por exemplo, criaram o site centraissindicais.org.br/ae, que permite que os trabalhadores denunciem casos de assédio eleitoral de forma confidencial, garantindo o sigilo da identidade.

O que acontece com quem pratica assédio eleitoral?

O assédio eleitoral é considerado um crime, tanto na esfera trabalhista quanto na criminal e eleitoral. A pessoa que comete esse tipo de assédio pode ser penalizada de várias maneiras, como:

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