No dia das eleições, é possível que surja algum problema com a urna eletrônica. Em situações como essa, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem um conjunto de protocolos para garantir que a votação ocorra de forma adequada e sem prejuízo para os eleitores.
Se você se deparar com alguma falha na urna no momento do voto, é importante saber como proceder e entender quais são as etapas que as autoridades eleitorais seguirão para solucionar o imprevisto.
O que fazer em caso de problema com a urna eletrônica?
Se houver um problema com a urna eletrônica que impeça a continuidade da votação, o presidente da mesa tomará as medidas necessárias para resolver a situação. O primeiro passo geralmente é reiniciar o equipamento.
Esse procedimento é feito na presença dos fiscais eleitorais, e nenhum voto computado até o momento é perdido. Essa é uma das maneiras mais simples e rápidas de corrigir falhas, garantindo a continuidade da eleição sem maiores transtornos.
Caso a falha persista, o presidente da mesa eleitoral pode solicitar a presença de uma equipe técnica designada pelo juiz eleitoral responsável.
Essa equipe tem o objetivo de avaliar a urna e tentar corrigir o problema, que pode estar relacionado a falhas no cartão de memória da urna, um dos componentes que armazenam os votos.
Cartão de memória e contingência
Cada urna eletrônica possui dois cartões de memória: um interno e um externo. Esses cartões são responsáveis por armazenar os votos computados. Em caso de falha no cartão externo, os técnicos podem reposicioná-lo para garantir o pleno funcionamento da urna.
Se o reposicionamento não resolver o problema com a urna eletrônica, o cartão externo pode ser substituído por um de contingência, que contém as mesmas informações necessárias para continuar o processo eleitoral sem prejuízo.
Quando esse procedimento é adotado, o cartão com defeito é lacrado e enviado para a Justiça Eleitoral, onde passará por uma auditoria para avaliar a extensão do problema. Já o novo cartão sincroniza as informações com a urna, garantindo que os votos já computados permaneçam intactos.
Substituição da urna
Se o problema persistir, e nem a substituição do cartão de memória resolver a falha, a urna eletrônica pode ser substituída por uma urna de contingência.
Nesse caso, o cartão de memória externo da urna com defeito será inserido na nova urna, e os votos computados até o momento são sincronizados automaticamente. Assim, a votação pode continuar de forma segura, e os eleitores não são prejudicados.
Quando a solução é votar em cédulas de papel
Caso todas as tentativas de consertar o problema com a urna eletrônica falhem, a votação será realizada por meio de cédulas de papel. Nessa situação, o processo segue um protocolo específico, e os eleitores receberão cédulas para votar em cada cargo disputado (por exemplo, vereador e prefeito).
As cédulas serão inseridas em urnas de lona lacradas, garantindo a segurança e a privacidade do voto.
As cédulas serão posteriormente lacradas e enviadas à Justiça Eleitoral, que será responsável pela contagem manual dos votos. É importante ressaltar que, se a votação for transferida para cédulas de papel, a urna eletrônica não poderá ser utilizada novamente naquela seção.
Falta de energia durante a votação
Outro ponto que pode gerar preocupação entre os eleitores é a falta de energia. No entanto, as urnas eletrônicas são equipadas com baterias que permitem o funcionamento do equipamento por até 12 horas, ou seja, mais tempo do que o período total de votação, que é de nove horas.
Dessa forma, mesmo em caso de queda de energia, a votação pode continuar normalmente.
Além disso, as operadoras de energia elétrica de cada estado se reúnem com os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) antes das eleições para traçar estratégias e garantir que eventuais quedas de energia sejam rapidamente resolvidas, minimizando qualquer impacto sobre o processo eleitoral.