O Boi Bumbá Caprichoso começou a terceira noite do 57º Festival Folclórico de Parintins com a proposta de deixar o Bumbódromo verde, com um manifesto em prol da natureza. A finalização da segunda noite foi com o rito de transcendência Marubo.
Com o tema “Saberes: o reflorestar das consciências”, o Touro Negro propõe uma reflexão sobre a relação com a natureza a partir do conhecimento ancestral. “Teremos hoje um canto-manifesto, que clama pela vida e pela sobrevivência da floresta”, explica o bumbá.
“Somos amazônidas e nosso boi-brinquedo é o herói da ancestralidade que canta para salvar a vida e leva em sua brincadeira algumas inconvenientes e necessárias perguntas. Quanto tempo resta? Quantas vidas estão em risco? Quantas árvores, bichos e seres ainda perecerão?”, descreve.
Lenda Amazônica “Cataclismo Macurap”
Responsável por finalizar a terceira noite do Festival de Parintins, o Caprichoso começou a apresentação com a evolução do bumbá e com a Lenda Amazônica “Do cataclismo Macurap ao reflorestar da vida”.
Do povo Macurap, a história narra a enchente criada pelos irmãos Nambuê e Beüd que foi responsável por tornar a terra e a vida “pena, verdadeira, equilibrada, perfeita”, batizada Kaleá.
“Os Macurap, por meio da narrativa aqui desenvolvida, alertam que Kaleá precisa ser cuidada constantemente. Infelizmente, hoje ela está de novo adoecida pela ganância humana”, antecipava o Caprichoso.
A alegoria de Alex Salvador, com elementos fluorescentes, trouxe a destruição do mundo seguida do renascimento, com a chegada da Cunhã-Poranga, Marciele Albuquerque Munduruku.
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