Ícone do site Portal Norte

Estado Islâmico-K assume atentado em Cabul com dezenas de mortos

O grupo Estado Islâmico-K assumiu a responsabilidade pelo ataque no aeroporto de Cabul, no Afeganistão, nesta quinta-feira, 26, segundo a Agência de Notícias Amaq, em seu canal Telegram.

Os terroristas afirmaram que um militante realizou um ataque suicida contra pessoas perto do aeroporto. O nome do militar é Abdul Rahman al-Logari.

Pelo menos 60 mortos e cerca de 140 feridos foi o saldo de duas explosões nos arredores do aeroporto de Cabul.

Guardas do Talibã também foram atingidos e estão entre os feridos.

Entre os mortos, há 12 militares dos Estados Unidos.

 

Isis-K

O Estado Islâmico-Khorasan (EI-K, sigla em português) ou Islamic State of Iraq-Khorasan (Isis-K, sigla em inglês) é um grupo autointitulado terrorista.

Ele surgiu pela primeira vez na região de Khorasan (entre o Afeganistão e Paquistão), em 2015.

O Estado Islâmico-K é inspirado e considerado um braço do Estado Islâmico (EI) criado em 2013.

O EI-K reivindicou alguns dos ataques mais violentos dos últimos anos no Afeganistão e no Paquistão.

Civis foram mortos em mesquitas, santuários, praças e hospitais, além de ter executado ataques contra muçulmanos de alas xiitas.

No ano de 2019, o EI-K reivindicou a autoria de um atentado contra os xiitas durante casamento em Cabul que resultou na morte de 91 pessoas.

 

Estado Islâmico-K X Talibã

Apesar dos dois grupos serem militantes islâmicos sunitas linha dura, também são rivais e discordam em temas de religião e procedimentos.

Cada um garante representar a verdadeira bandeira da Jihad, palavra que significa luta e é utilizada por grupos terroristas do Oriente Médio para definir suas filosofias.

O grupo acusa os talibãs de abandonarem a causa jihadista.

O Estado Islâmico também critica o acordo celebrado entre Washington e o Talibã, que levou à retirada das tropas estrangeiras.

A rápida tomada do Afeganistão pelos talibãs foi festejada por vários grupos jihadistas no mundo, mas não o EI.

O EI acusa os talibãs de traírem os jihadistas com o acordo com Washington e promete continuar sua luta.

Sair da versão mobile