Nesta segunda-feira, 6, o primeiro-ministro Boris Johnson reconheceu que um total de 311 pessoas com direito a asilo no Reino Unido não puderam ser retirados do país antes que as tropas estrangeiras deixassem o Afeganistão no final de agosto.
O Executivo britânico foi criticado por deixar para trás muitas pessoas, incluindo britânicos e afegãos vulneráveis ou que haviam sido empregados por Londres na região, ao final da operação organizada após a chegada do Talibã ao poder.
‘O número total é 311, dos quais 192 responderam aos apelos feitos’, explicou Johnson aos deputados após recesso parlamentar, respondendo a perguntas sobre quantos afegãos com direito a se beneficiar do programa de asilo para pessoal contratado localmente permaneceram no país, porém, não especificou quantos britânicos não foram repatriados.
Johnson garantiu que seu governo está fazendo todo o possível para trazer essas pessoas para o Reino Unido, mas a oposição trabalhista o acusou de não ter um plano claro.
“Estamos trabalhando urgentemente com nossos amigos da região para garantir uma passagem segura e, assim que as estradas estiverem disponíveis, faremos todo o possível para colocá-los em segurança”, disse.
O Reino Unido retirou do Afeganistão cerca de 15.000 pessoas, incluindo quase 8.600 afegãos, nas duas semanas após o retorno do Talibã ao poder em meados de agosto.
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