Nesta quarta-feira, 22, é celebrado o Dia Mundial sem Carro. Desde 2020, o uso de bicicletas, patinetes e caminhadas vem crescendo no mundo apoiado pela pandemia. De lá pra cá, o estudo da Mobility Futures 2021: The Next Normal aponta que houve uma queda no uso de veículos coletivos. Transportes públicos tiveram uma redução global de 5,6% porque, além de poluir o ar, podem também aumentar o risco de contágio. Do mesmo modo, as iniciativas de compartilhamento de carros caíram 2,2%. 

A cidade de São Paulo, por exemplo, é considerada umas das cidades mais poluentes do mundo e, em observação, pessoas afirmaram que não se sentem confortáveis usando transportes públicos, com medo de uma possível contaminação. Do mesmo modo, as iniciativas de compartilhamento de carros caíram 2,2%. 

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Ainda que os números mostrem uma realidade até interessante em relação ao uso sustentável de transportes na pandemia, os automóveis continuam sendo o maior desafio em relação à mobilidade no mundo real daqui em diante. O estudo Mobility Futures ouviu mais de 9,5 mil habitantes de 13 cidades de diferentes países: Berlim e Munique (Alemanha); Bruxelas (Bélgica); Chicago e Nova York (Estados Unidos); Copenhague (Dinamarca); Londres (Inglaterra); Madri (Espanha); Milão (Itália); Mumbai (Índia); Paris (França); Pequim (China); São Paulo (Brasil).  

“As longas distâncias e uma cultura que tem o veículo como principal meio de transporte, aliadas às medidas de distanciamento social e ao risco de contágio, fizeram com que o uso de automóveis crescesse 3,8%,” afirmou o estudo Mobility Futures 2021: The Next Normal.  

Bicicletas no Brasil

Dados da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) revelam que apesar da pandemia, o ano de 2020 trouxe bons resultados para o mercado de bicicletas, com média de 50% de aumento nas vendas em comparação ao ano anterior.

Segundo disse à Agência Brasil o diretor executivo da Aliança Bike, Daniel Guth, a forma de lidar com a pandemia acabou por favorecer o uso da bicicleta.

“Como as pessoas precisavam manter a atividade física e queriam evitar as aglomerações, a bicicleta acabou se tornando um dos elementos importantes para viabilizar nossa vida. Por isso, ela ganhou tanto destaque no mundo inteiro”.  

A perspectiva até o final de 2021 é ter ainda uma procura elevada, bem mais alta do que no momento pré-pandemia, “mas talvez não tão alta como o consolidado do ano passado inteiro”, conclui o diretor.

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