O remédio experimental “Molnupiravi” foi anunciado nesta sexta-feira, 1, pela farmacêutica Merck, e pode reduzir as internações e mortes causadas pelo coronavírus logo no início da infecção.

O medicamento ainda está sendo avaliado e os resultados ainda não foram aprovados por cientistas em revistas científicas.

O comprimido irá agir interferindo com uma enzima que o coronavírus usa para copiar seu código genético e se reproduzir. Ele mostrou atividade semelhante contra outros vírus.

O estudo realizado pela farmacêutica acompanhou 775 adultos com Covid-19 leve e moderada e que foram considerados de maior risco para desenvolver um quadro grave da doença, devido a problemas de saúde como obesidade, diabetes ou doenças cardíacas.

Apenas 7% desses pacientes foram hospitalizados ou morreram no período de 30 dias após a ingestão do remédio. Após o intervalo, não houve mortes nesse grupo. A Merck planeja inscrever mais de 1.5 mil pacientes na fase final dos testes antes do conselho independente interrompê-lo, por conta dos resultados positivos. Os resultados divulgados incluem pacientes inscritos na América Latina, Europa e África.

O medicamento ainda não foi liberado para uso.

Várias outras empresas, incluindo Pfizer e Roche, estão estudando medicamentos semelhantes que podem apresentar resultados nas próximas semanas e meses.

Segundo dados da Merck, podem ser produzidos até 10 milhões de doses até o final do ano. A empresa possui contratos com governos em todo o mundo.

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