China deve aprovar 1º medicamento contra o coronavírus em dezembro

A partir de dezembro, a China deve aprovar o primeiro medicamento contra a Covid-19 desenvolvido por uma farmacêutica chinesa baseado no uso de anticorpos monoclonais capazes de neutralizar o vírus, segundo o Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 16.

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Dados divulgados indicam que esse tipo de medicamento seria utilizado para tratamento de casos leves ou moderados da doença.

“O corpo humano produz grande quantidade de anticorpos, mas nem todos têm eficácia antiviral. A nossa pesquisa visa selecionar os mais fortes, para que possam ser usados como medicamentos no tratamento de pacientes infectados”, disse o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Tsinghua, Zhang Linqi, citado pelo jornal.

O tratamento é resultado de pesquisa conjunta da Universidade, que tem sede na China e nos Estados Unidos.

Na China, a terceira fase de testes é liderada pelo cientista Zhong Nanshan e ocorre nas cidades de Cantão e Shenzhen, ambas na província de Guangdong (sudeste), e em Nanjing e Yangzhou, na província de Jiangsu (leste).

A droga experimental foi administrada a mais de 700 pacientes que contraíram a doença durante a recente e ainda ativa onda de surtos no país asiático, atribuídos à variante Delta. O tratamento mostrou redução de até 78% nas hospitalizações e morte por Covid-19 no país, durante a terceira fase de ensaios experimentais.

A China somou 98,33 mil infecções e 4,63 mil mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, de acordo com dados da Comissão de Saúde chinesa.

O país mantém uma política de “tolerância zero”, que inclui fechamento de fronteiras e a aplicação de medidas restritas de confinamento e quarentena sempre que são detectados surtos.

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