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Na Argentina, cura do HIV sem tratamento pode ser o segundo caso no mundo

Uma mulher argentina pode ser a segunda pessoa no mundo a conseguir se curar do vírus HIV sem tratamento. O caso foi publicado nesta terça-feira, 16, no “Annals of Internal Medicine”. Ela passou a ser conhecida como a “paciente de Esperanza”, cidade do país vizinho.

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O estudo é de pesquisadoras de Buenos Aires e de Boston, nos Estados Unidos. A mulher tem 30 anos e vem mantendo carga viral indetectável do HIV tipo 1 (HIV-1) há 8 anos, apesar de não contar com terapia antirretroviral nem transplante de medula óssea.

As cientistas examinaram 1,5 bilhão de células e não encontraram nem partículas do vírus que fossem capazes de se replicar nem provírus do HIV – o vírus com o material genético em DNA, que se integra ao DNA das células humanas.

As responsáveis pelo estudo ressaltam que, apesar de ser provável que a paciente argentina tenha obtido o que chamam de “cura esterilizante” do HIV, não é possível provar isso com absoluta certeza.

As pesquisadoras encontraram vestígios do HIV na paciente, então não é possível dizer que o que ocorreu foi uma “cura esterilizante”.

É mais provável que ela seja uma “controladora de elite” que é quando o sistema imune mata as células antes que os vírus saiam dela. Trata-se de uma estratégia conhecida como “shock and kill” – “chocar e matar”, em tradução livre.

Nesse caso, o HIV não consegue se multiplicar, pois não sai por causa da cromatina repressora no corpo, e a pessoa adquire a cura.

Até hoje, só um outro caso similar, de uma mulher de 67 anos, em São Francisco, nos Estados Unidos, havia sido identificado pela ciência. 

Há diferença entre os casos dessas duas pacientes, “controladoras de elite”, e de outros dois, que conseguiram o que chamam de “cura esterilizante”.

Cura esterilizante é quando o vírus some e os anticorpos também, bem como a imunidade das células. É quando o paciente se livra totalmente do vírus. 

O “paciente de Berlim” (Tim Brown, que faleceu no ano passado) e o outro, o “paciente de Londres”, curado em 2019, passaram por um transplante de medula óssea.

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