O Senado do Chile deu início na manhã desta terça-feira, 16, à votação do impeachment do presidente Sebastian Piñera pelo caso revelado no “Pandora Papers” sobre a polêmica venda de uma mineradora em operação no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.
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A sessão desta manhã deve durar mais de 10 horas para a decisão.
Esta é a segunda tentativa para a retirada do presidente, que assumiu o cargo em março de 2018 e, após a crise em 2019, não conseguiu se recuperar de um dos períodos mais difíceis em 31 anos de democracia.
A Câmara Alta estabeleceu para esta terça uma sessão especial no Parlamento para tratar dos termos em que a mineradora Dominga foi vendida por uma empresa de seus filhos em 2010, revelados pelo “Pandora Papers” (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos).
Na semana passada, a Câmara dos Deputados realizou uma sessão histórica, na qual o deputado socialista Jaime Naranjo leu 1,3 mil páginas de argumentos por quase 15 horas à espera dos votos necessários para processar a denúncia contra Piñera.
O acordo foi fechado em 24 horas.
Os filhos de Piñera venderam a mineradora Dominga para o empresário Carlos Alberto Delano – amigo íntimo do presidente – por US$ 152 milhões, segundo os jornalistas investigativos.
A operação, que ocorreu durante o primeiro governo de Piñera (2010-2014), foi realizada principalmente nas Ilhas Virgens.
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