O presidente Jair Bolsonaro (PL) viaja nesta segunda-feira, 14, para Moscou, onde terá um encontro na quarta-feira, 16,  com o presidente russo, Vladimir Putin, e empresários. A visita ao país acontece em meio à tensão militar na fronteira entre Rússia e Ucrânia.

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Na agenda oficial, estão previstos pelo menos dois momentos em que os dois chefes de Estado estarão juntos.

Bolsonaro também visitará a Hungria, liderada pelo primeiro-ministro Viktor Orbán. Essa é a primeira visita de Bolsonaro aos dois países, ambos governados por políticos considerados autoritários e criticados nos EUA e na Europa Ocidental.

Segundo especialistas, Bolsonaro tenta se aproximar de Putin e Orbán em uma nova fase da sua política internacional, com um aceno à base mais radical do presidente, que tenta apresentar Putin como um aliado na pauta de costumes apreciada pelos conservadores brasileiros.

A ida à Rússia pode ser vista como uma forma de se aproximar de líderes conservadores, analisa Larlecianne Piccolli, PhD em Estudos Estratégicos Internacionais e diretora de pesquisa do Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (Isape).

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Em três anos de mandato, mesmo com a pandemia, Bolsonaro visitou 17 países, com os EUA como o principal destino. Ele foi cinco vezes aos EUA, quatro no governo do ex-presidente Donald Trump, de quem é admirador.

O embaixador aposentado Rubens Ricupero, ex-embaixador do Brasil em Washington, diz que a viagem à Rússia indica uma diplomacia confusa.

“É contraditória a viagem à Rússia neste momento, por um país [o Brasil] que na gestão Trump se tornou aliado extra-Otan, status que os EUA conferem a seus parceiros na área militar”, afirmou

 

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