No momento em que o presidente russo Vladimir Putin anunciou uma “operação militar especial” na Ucrânia, na madrugada desta quinta-feira (horário do Brasil), o Ministério do Interior da Ucrânia informou logo depois que as tropas russas desembarcaram na cidade portuária de Odessa, no sul, e estavam cruzando da Rússia para Kharkiv.
Câmeras de segurança mostraram veículos militares russos cruzando para a Ucrânia a partir da Crimeia, a península que a Rússia tomou em 2014.
Explosões foram relatadas em diferentes partes do país como Kiev, a capital; em Kharkiv, a segunda maior cidade; e em Kramatorsk, na região de Donetsk, um dos dois territórios do leste ucraniano reivindicados por separatistas apoiados pela Rússia desde o ano de 2014, quando a Ucrânia deixou de ser governada por aliados de Vladmir Putin.
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Agências internacionais informaram que ataques com foguetes atingiram caças ucranianos em um aeroporto nos arredores de Kiev, e a Ucrânia teve que fechar seu espaço aéreo para voos comerciais, citando “perigo potencial para a aviação militar”.
Autoridades ucranianas informaram que as forças navais invasoras desembaracaram em vários pontos, inclusive em Kharkiv e na cidade de Kherson, no Sul.
O Ministério do Interior da Ucrânia informou que pelo menos três trabalhadores de emergência ficaram feridos quando um posto de comando foi atingido por um bombardeio em Nizhyn, no Norte. Seis pessoas ficaram presas sob os escombros quando o aeroporto da cidade foi atacado.
Assim que amanheceu em Kiev, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que havia declarado lei marcial.
O ministro da Defesa do país declarou aos ucranianos que o exército estava “afastando as forças inimigas” e “fazendo tudo o que pode para protegê-los”.
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Fuga
Enquanto sirenes de ataques aéreos disparavam em Kiev, na cidade ocidental de Lviv e em outras áreas urbanas, moradores correram para estações de ônibus e metrô.
Em Kiev, moradores esperaram em longas filas para abastecer seus veículos e tentar sair da cidade.
No leste da Ucrânia, era possível notar os primeiros sinais de pânico nas ruas quando filas se formaram em caixas eletrônicos e postos de gasolina.
O ataque russo abrange a Ucrânia, segundo o serviço de emergência estatal do país.
Sequência de ataques
Nas primeiras horas após a fala de Putin, pelo menos dez ataques foram registrados em regiões ucranianas, principalmente no Leste e Sul.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, chamou o ataque de “uma invasão em larga escala”.
Ele disse que seu país iria se defender e apelou ao mundo para “parar Putin”.
Segundo a agência de notícias estatal russa RIA Novosti, o Ministério da Defesa da Rússia informou que estava usando “armas de alta precisão” para desativar a infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviões do exército ucraniano.
Ainda era manhã em Kiev, quando o Ministério da Defesa da Rússia disse que havia desativado todas as defesas aéreas e bases aéreas da Ucrânia.
O Ministério do Interior da Ucrânia informaram que as forças russas capturaram duas aldeias na região de Luhansk.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, pediu a todos os civis ucranianos que se juntem à luta e se alistem nas unidades de defesa territorial.
“A Ucrânia está entrando no modo de defesa total”, declarou.
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