Parte dos 40 jogares que estavam escondidos em bunker durante três dias na Ucrânia chegaram ao Brasil nesta terça-feira, 1º.
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Ainda no aeroporto, durante entrevista, eles relataram o dia a dia dentro do bunker que ficava no subsolo de um hotel, em Kiev, capital da Ucrânia. As informações são do G1.
Bunkers são abrigos contra ataques inimigos, herança do período em que a região pertenceu à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Eles contaram que o banheiro ficava fora do abrigo, ir até o reservdo era um momento de medo e incertezas.
“Quando a gente saía do bunker pra ir no banheiro, a gente ouvia os barulhos, toque de sirene toda hora, quanto mais tempo passava, mais era difícil sair. A gente escutava bomba o tempo todo quando saía do bunker para ir ali fora, no banheiro. Escutava barulho de tiro e, ao mesmo tempo, a gente acompanhava na internet: ‘[Os russos] estão chegando em Kiev’”, contou o fisioterapeuta Luciano Rosa, do Shakhtar Donetsk, time de futebol ucraniano.
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O banheiro só tinha vaso sanitário, não possuía chuveiro. Então para tomar banho era preciso subir até os quartos do hotel. Por conta disso, alguns atletas que estavam no grupo no hotel com suas famílias deixaram de tomar banho.
“Eles subiam nos quartos algumas vezes e desciam correndo, quando ouviam sirenes anunciando algum ataque”, contou o empresário Eduardo Goldstein.
O grupo de jogadores tentava sair da Ucrânia desde o início da invasão russa, na quinta-feira, 24.
“Nós ficamos três dias no hotel e chegou um momento que eu já não pensava que pudesse sair de lá, que a minha esposa, que a minha filha e todas as crianças saíssem de lá. Nós pegamos um trem no último dia e teve um alerta de que [a situação] ia piorar muito e, se nós não saíssemos em 5 minutos, não íamos poder sair [mais]. Então pegamos o trem e saímos”, disse Pedro Victor da Silva, o Pedrinho, de 23 anos, do Shakhtar Donetsk.
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