A psicóloga Oleksandra Kvitko relatou à rádio Svoboda um caso de uma adolescente de 14 anos que engravidou após estupro coletivo cometido por membros do exército russo, em Bucha, na Ucrânia. A invasão russa na Ucrânia já dura 64 dias.

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Segundo explicou a psicóloga, a família da vítima planeja manter a gestação pois os médicos que a atenderam alertaram que o procedimento de aborto poderia impedir que ela engravidasse no futuro.

A profissional trabalha na linha direta da ouvidoria para atendimento psicológico. Ela diz que acompanha atualmente 5 adolescentes de 14 a 18 anos que engravidaram devido a estupros cometidos por soldados russos.

Oleksandra conta que até esta terça-feira, 26, a linha direta recebeu cerca de 103 denúncias nos territórios recém-liberados.

As vítimas incluem mulheres, homens e crianças pequenas. A vítima mais jovem com quem ela trabalha tem 10 anos.

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A Diretora do Centro de Liberdades Civis da Ucrânia, Matviychuk, relata ainda um outro problema. Segundo ela, na Polônia, onde muitas ucranianas vão como refugiadas em meio ao conflito, a legislação sobre aborto é muito rígida. 

“Mulheres ucranianas que foram estupradas por russos e deixadas na Polônia não podem fazer abortos lá. Sob a lei polonesa, o aborto é permitido em caso de estupro, mas ainda não há processo criminal. Psicólogos na Polônia estão convencendo-a de que uma nova vida é maravilhosa. Eles destroem a vida de ambos”, afirmou ela.

 

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