Gustavo Petro, primeiro presidente de esquerda eleito na Colômbia, enfrentará desafios políticos, econômicos e sociais, a partir de sua posse no dia sete de agosto. As informações são da BBC.

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Petro foi eleito no domingo, 19, com 50,44% dos votos no segundo turno da eleição presidencial.

Em seu discurso após a vitória, o presidente eleito falou sobre sua proposta de realizar um acordo nacional com as diferentes linhas políticas do país, incluindo a extrema direita. 

“Fazer a paz na Colômbia significa que os mais de dez milhões de eleitores de Hernández são bem-vindos. Não vamos trabalhar destruindo o opositor. Todos serão ‘benvindos’ para dialogar no palácio presidencial”, disse Petro.

Reforma agrária 
 
Petro pretende implementar a reforma agrária, desacelerar a produção de petróleo e de carvão e ampliar as energias limpas.

Suas ideias contam com respaldo dos seus simpatizantes, mas também com a rejeição do setor empresarial que associa suas iniciativas “à cartilha da esquerda dos anos setenta”.

Ex-guerrilheiro 

Para críticos, o desafio do novo presidente será mostrar que sua vida de guerrilheiro é passado.

Dois dias antes do segundo turno da eleição presidencial, a revista Semana, de Bogotá, publicou na sua capa: “Ex-guerrilheiro ou engenheiro?”, em referência as opções do eleitorado entre Petro e Hernández, que é engenheiro civil.

O presidente eleito reagiu à capa, dizendo: “quero lembrar que sou economista”.

Racismo

Petro disse que a população negra, os indígenas e os mais pobres terão atenção especial em sua gestão.

Em seu discurso de vitória, a vice-presidente eleita Francia Márquez, primeira afrodescendente a chegar ao posto, enfatizou o lema de inclusão do novo governo e disse que a Colômbia, depois de 214 anos, terá um governo voltado aos “invisíveis”.

A atual taxa de desemprego do país é de 12%. A conjuntura econômica e social inclui a preocupação crescente dos colombianos com a inflação. 

Relações internacionais

A expectativa é de que Petro retome as relações diplomáticas da Colômbia com a Venezuela.

A Colômbia é um dos principais países de chegada de venezuelanos e os dois países têm um forte fluxo comercial.

Petro já disse que buscará uma relação diferente com os Estados Unidos, com quem a Colômbia tem acordo de livre comércio e há anos compartilha sua política de combate às drogas.

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