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Papa nega rumores sobre possível renúncia: ‘nunca passou pela minha cabeça’

O papa Francisco negou rumores de que pretende renunciar à função durante entrevista exclusiva à Agência Reuters, no Vaticano.

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A entrevista foi concedida no sábado, 2, mas só foi divulgada nesta segunda-feira, 4.

Quando questionado sobre a possível renúncia, o pontífice negou e disse que está a caminho de visitar o Canadá este mês e que espera poder ir a Moscou e Kiev o mais rápido possível.

Rumores surgiram na mídia de que uma série de eventos no final de agosto poderiam prenunciar um anúncio de renúncia.

“Todas essas coincidências fizeram alguns pensarem que a mesma ‘liturgia’ aconteceria. Mas nunca passou pela minha cabeça. Por enquanto não, por enquanto não. Realmente!”, disse.

O papa apenas afirmou que, caso um dia sua saúde fique muito debilitada, ele pode sim renunciar.

Questionado sobre quando achava que isso poderia acontecer, ele disse: “Não sabemos. Deus dirá”.

Saúde

O papa também negou que estaria com câncer e deu detalhes sobre a condição no joelho que o impediu de realizar alguns deveres.

Ele contou que havia sofrido “uma pequena fratura” no joelho quando deu um passo em falso enquanto um ligamento estava inflamado.

“Estou bem, estou melhorando lentamente”, esclareceu.

Guerra na Ucrânia

Durante a entrevista, Francisco também falou sobre a guerra na Ucrânia.

Ele disse que houve contatos entre o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, sobre uma possível viagem a Moscou.

Na quinta-feira passada, o pontífice acusou implicitamente a Rússia de travar uma “guerra de agressão cruel e sem sentido”.

“Eu gostaria de ir (para a Ucrânia), e queria ir para Moscou primeiro. A primeira coisa é ir à Rússia para tentar ajudar de alguma forma, mas gostaria de ir às duas capitais”, disse.

Aborto nos EUA
 
Sobre a decisão da Suprema Corte dos EUA que anula a histórica decisão Roe vs. Wade, que estabelece o direito da mulher ao aborto, Francisco disse que respeita a decisão, mas não tem informações suficientes para falar sobre isso do ponto de vista jurídico.
 
Ele condenou veementemente o aborto, comparando-o a “contratar um assassino de aluguel”. 

“Eu pergunto: é legítimo, é certo, eliminar uma vida humana para resolver um problema?”, disse.

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