Os Estados Unidos prometeram, nessa segunda-feira, 18, através da chefe de ajuda externa dos, Samantha Power, US$ 1,18 bilhão de apoio para combater a fome no Chifre da África e incitou outros países, incluindo a China, na ajuda para combater crise alimentar agravada pela invasão russa da Ucrânia.

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“Hoje estamos enfrentando algo ainda mais devastador, pois não apenas dezenas de milhões de pessoas enfrentam uma fome tão severa, mas muitas delas correm o risco de passar fome”, analisou a norte-americana.

Segundo a chefe da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), a situação é particularmente ruim no chamado Chifre da África, que compreende Somália, Etiópia e Quênia.

Conforme ela, a região deve sofrer a quinta seca consecutiva no final deste ano, algo que não era visto há ao menos quatro décadas.

Ao anunciar uma visita ao Chifre da África neste fim de semana, Power disse que pelo menos 1.103 crianças morreram pela fome e outras sete milhões estão gravemente desnutridas.

O auxílio de US$ 1,18 bilhão dos EUA incluiriam alimentos de emergência, em particular sorgo, um grão usado na região cuja disponibilidade é maior que a do trigo, bem como um suplemento à base de amendoim para crianças desnutridas e serviços veterinários para animais moribundos.

“Agora precisamos que outros façam mais, antes que a fome cresça, antes que milhões de crianças se encontrem no fio da navalha”, disse.

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Ainda segundo a norte-americana, a disparada no preço dos alimentos desde o início da guerra na Ucrânia, abalou o cenário internacional, já que o país é um grande exportador de trigo.

Power criticou as políticas da Rússia, classificando-as como “sinistras”, e culpou a China, vista pelos EUA como um concorrente global, por suas restrições comerciais de fertilizantes e “armazenamento” de grãos.

A questão da fome no Chifre da África piorou consideravelmente nos últimos meses.

Segundo dados disponibilizados em junho pela Organização das Nações Unidas (ONU), o número de crianças da região que enfrentam desnutrição aguda grave aumentou mais de 15% no espaço de cinco meses.

“Os países que ficaram de fora desta guerra não devem ficar de fora desta crise alimentar global”, concluiu Power.

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