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Alta dos juros nos EUA pode refletir a longo prazo no Brasil, diz investidores

O aumento nas taxas de juros nos Estados Unidos, para uma faixa de 2,25% a 2,5% revelando uma alta de 0,75 ponto percentual, anunciado nesta quarta-feira, 27, pode refletir no Brasil. 

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Segundo a Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, é a quarta vez neste ano que os juros são elevados.

Reflexo

No Brasil, segundo os investidores, o anúncio pode refletir na alta da cotação do dólar no país, uma vez que há saída da moeda do país, com o objetivo de buscar a melhor remuneração lá fora.

Os investidores informaram ainda que essa elevação já estava prevista. Sendo assim, a divulgação da decisão do Fed não provocou movimentos mais acentuados na cotação do dólar por aqui nesta quarta.

Mas eles revelaram que o efeito da alta das taxas nos EUA pode ser de longo prazo no país: a alta de juros nos EUA indica uma desaceleração da economia mundial nos próximos meses, já que os empréstimos e investimentos ficam mais caros.

Os efeitos podem também ser na forma de uma menor demanda pelos produtos e serviços brasileiros, que pode, no entanto, ajudar a reduzir a inflação doméstica, que ainda pressionar as contas locais.

O que diz Fed 

Com o aumento de 0,75 ponto percentual, o Fed manteve o ritmo de alta dos juros da reunião de junho, que já havia sido o maior aumento desde 1994.

No comunicado de hoje, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) indicou que deve continuar elevando a taxa nos próximos encontros.

“A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios entre oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia, e pressões mais amplas sobre os preços”, informou o Fomc.

O avanço dos juros nos Estados Unidos ocorre num cenário de inflação bastante elevada. 

Nos 12 meses até junho, os preços ao consumidor saltaram 9,1% no país. Foi o maior avanço desde novembro de 1981.

A inflação norte-americana segue pressionada uma vez que os preços da gasolina e dos alimentos permaneceram elevados.

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