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Conheça os felinos protetores e pedradores da mesma espécie que vivem no Brasil

De protetoras a predadoras da mesma espécie, especialistas explicam o desenvolvimento das onças-pintadas que vivem na selva das Américas, principalmente no Pantanal e no Brasil. 

A região do Pantanal está localizada nos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul do país.

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As onças podem ser encontradas também no Paraguai e na Bolívia.

De acordo com o médico veterinário do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e especialista em onças-pintadas, Diego Viana, entre os felinos existe a prática do infanticídio. 

Viana explica que os machos matam filhotes que não são deles, ou seja, ao cruzar com um filhote de outro indivíduo da mesma espécie, a onça-pintada macho preda este animal.

E com isso, é responsabilidade da fêmea manter a segurança do filhote. 

“Por isso, é comum a fêmea esconder o filhote para sair para caçar”.

Conforme o especialista, toda onça-pintada consegue reconhecer o próprio filhote. 

“Eles identificam pelo cheiro, por vocalização, por mais que o barulho que elas façam sejam muito semelhantes, a frequência com certeza é diferente e eles conseguem fazer essa diferenciação”, pontua.

Gestação

A gestação de uma onça-pintada tem a duração de três meses. 

Até quatro filhotes podem ser gerados, mas devido ao infanticídio geralmente um ou dois sobrevivem.

Apesar do curto período gestacional, os filhotes permanecem com as mães por no mínimo dois anos. 

“Uma fêmea fica até dois anos e meio com a mãe, em média, e um macho até dois anos acompanhando a mãe”, explica Viana.

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Abandono de filhotes

Outro fator que comumente acontece com as onças-pintadas, segundo o biólogo da Organização Não Governamental (ONG) Onçafari, Bruno Sartori Reis, é o abandono dos filhotes. 

“A fêmea não vai ficar cuidando de um filhote que não vai vingar”, pontua.

Bruno ressalta que até com animais em cativeiro esse tipo de comportamento é avistado. 

“A gente tenta devolver o filhote para a mãe e é muito comum a mãe continuar rejeitando, levando a morte do pequeno felino”. 

É só na hora de fazer a necrópsia, que o especialista descobre que o filhote estava com alguma má formação de órgão, algum problema ósseo, que a mãe percebeu realmente antes.

“É algo difícil e duro de ver e tirar essa humanização, mas é preciso olhar de uma forma mais fria, pensando realmente em respostas evolutivas que foram tendo para identificar esses animais”, conclui o biólogo.

Maiores do mundo

No bioma pantaneiro, uma onça-pintada macho pode alcançar 150 kg. Já a fêmea pode atingir 110 kg.

“Em outros biomas, como a Caatinga, um macho adulto tem 80 kg, que é o peso de uma fêmea, de um filhote, aqui”, descreve o médico veterinário Diego Viana, que coordena o projeto Felinos Pantaneiros.

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