Nesta segunda-feira (15) o Reino Unido divulgou a aprovação da primeira vacina bivalente contra a Covid-19.

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Fabricado pela farmacêutica Moderna, o imunizante conta com cepas do vírus original e da variante ômicron. A autorização é para que ela seja utilizada como dose de reforço em adultos.

O produto foi aprovado pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA, na sigla em inglês), uma espécie de Anvisa da Inglaterra.

Segundo as informações oficiais, a nova vacina cumpre com os padrões de qualidade, segurança e eficácia exigidos.

A dose do imunizante é de 50 microgramas. Metade da composição é baseada na cepa original do Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, e a outra metade atua contra a variante ômicron.

A decisão se baseia em um estudo clínico que investigou a eficácia da vacina como dose de reforço. A pesquisa constatou que o imunizante resulta em um alto índice de imunidade contra a ômicron.

Também foi visto que a vacina gera bom nível imunológico contra a BA.4 e BA.5, subvariantes da ômicron responsáveis por grande parte dos casos atuais.

A pesquisa clínica também constatou que, quando ocorrem efeitos colaterais, eles são semelhantes aos da outra vacina da Moderna: um quadro leve após a injeção sem precisar de atendimento médico.

“A primeira geração de vacinas contra a Covid-19 usadas no Reino Unido continua a fornecer proteção importante contra a doença e a salvar vidas. O que esta vacina bivalente nos dá é uma ferramenta afiada em nosso arsenal para nos ajudar a nos proteger contra essa doença à medida que o vírus continua a evoluir”, afirmou June Raide, chefe executiva da MHRA.

Desde o surgimento da variante ômicron, farmacêuticas anunciaram o desenvolvimento de vacinas atualizadas para agir contra a nova cepa. No entanto, as adaptações dos imunizantes demoram para serem elaboradas.

Em razão do atraso das atualizações vacinais, a FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) pediu às fabricantes que os novos imunizantes fossem baseados em subvariantes da ômicron, a BA.4 e a BA.5.

A perspectiva da agência é que, ao fazer isso, as vacinas seriam mais eficazes contra versões mais atuais do vírus. No entanto, a Pfizer e a Moderna disseram que não conseguirão entregar doses contra as subvariantes antes de outubro deste ano.

Já Pfizer e Biontech informaram que trabalham em uma vacina de caráter universal contra as variantes do Sars-CoV-2. A expectativa das farmacêuticas é que o imunizante esteja disponível no segundo semestre deste ano.

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