Um marceneiro de Jonestown, nos Estados Unidos, tem um jacaré como companheiro e chamou atenção ao mostrá-lo para o mundo seu animal de apoio emocional.
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Joseph Henney, de 69 anos diz “quando ele vira o nariz para você, significa que ele espera um beijo. Ele é um doce.”
O réptil chamado WallyGator, tem 7 anos, pesa cerca de 31 kg e mede 1,5 metro.
“Wally definitivamente não é um jacaré comum”, afirma Henney, em entrevista ao jornal Washington Post. “Ele é muito especial, mas eu não recomendaria que ninguém pegasse um. Se não sabe o que está fazendo, vai ser mordido.”
Tudo começou em 2015, quando Henney ajudava um amigo a realocar alguns jacarés, cobras e iguanas na Pensilvânia.
Ele acabou ficando com alguns em sua casa até encontrar um abrigo para eles. No entanto, ele decidiu manter WallyGator. “Me relacionei com ele e me comprometi a cuidar dele”, explicou.
O marceneiro diz que é preciso saber que ao adotar um jacaré, se está entrando em uma “longa jornada” já que os répteis podem viver por 80 anos ou mais.
“Quando chegam a um metro, ninguém os quer. Eles podem morder e são extremamente difíceis de lidar”, completou.
Para o biólogo Raul Diaz, Henney “é uma exceção quando se trata de cuidar de um jacaré – ele fez um bom trabalho.
Mas a maioria das pessoas não tem tanto tempo para se dedicar aos cuidados de um jacaré de estimação”. Henney lida com jacarés com cautela há anos e disse que percebeu desde o primeiro dia que WallyGator era diferente.
“Ele não comia ratos vivos e realmente mostrou um amor por pipoca com queijo”, relembrou. “Achei que fosse diferente, mas ainda era muito cauteloso perto dele. Eu lido com jacarés há anos e aprendi a lê-los, um jacaré não vai atacá-lo sem motivo. Sempre sou cuidadoso, mas senti que era bom deixar [WallyGator] vagar livremente pela casa.”
O marceneiro disse que o jacaré então passou a segui-lo pela casa, como um cachorro, e demonstrava afeto ficando por perto. A virada de chave veio em 2017, quando alguns membros da família de Henney faleceram e ele precisou de ajuda para passar pelo processo de luto.
“Eu estava deprimido e WallyGator começou a fazer coisas bobas para me animar. Quando eu estava no sofá, ele puxava meu cobertor para o chão”, disse. Então, um médico sugeriu que ele registrasse WallyGator como um animal de apoio emocional. Henney preencheu um formulário no site da U.S. Service Animals e, uma vez aprovado, recebeu um certificado para seu jacaré. WallyGator deve ser certificado todos os anos.
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Imagens: Reprodução/Instagram @wallygatornjoie
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