Nesta quinta-feira (8), o Copernicus, programa da União Europeia de observação da Terra por satélite, anunciou que o verão de 2022 na Europa foi o mais quente registrado na história do continente.

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De acordo com os registros do programa, as temperaturas médias foram as “mais elevadas, para o mês de agosto e para todo o verão”, e superaram os registros de 2021, que eram os recordes anteriores.

Ainda segundo o Copernicus, o mês de agosto foi o mais quente no continente por uma “margem considerável”, superando o de agosto de 2021 em 0,4ºC.

O mesmo aumento de temperatura de 0,4ºC com relação a 2021 também foi registrado em junho e julho.

“Uma intensa série de ondas de calor em toda a Europa, combinadas com condições excepcionalmente secas, levaram a um verão de extremos, com recordes em termos de temperatura, seca e incêndios florestais em muitas partes da Europa” explicou Freja Vamborg, diretora científica do sistema de vigilância sobre mudança climática.

“Os dados mostram que não apenas tivemos temperaturas recordes em agosto na Europa, e sim em todo o verão, e que o recorde anterior tinha apenas um ano”.

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Seca

Conforme um relatório do Observatório Europeu, o continente também enfrenta sua pior seca em pelo menos 500 anos, com dois terços em estado de alerta.

O relatório aponta que 47% da Europa está em condições de alerta, com claro déficit de umidade do solo, e 17% em estado de alerta, em que a vegetação é afetada pela falta de umidade.

O rio Reno, na Alemanha, está em níveis comprometedores para o escoamento da produção do centro da Europa para o porto de Roterdã. Segundo economistas, a interrupção pode reduzir em até 0,5 ponto percentual o PIB da Alemanha no ano.

Além do continente europeu, outras regiões do Hemisfério Norte também sofrem com as altas temperaturas.

Os Estados Unidos têm reservatórios em baixa, e o abastecimento de água dos moradores pode ficar comprometido. Na China, uma onda de calor recorde tem levado a racionamento de energia e fechamento de indústrias.