O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, utilizou o discurso reservado a ele na Assembleia Geral das Nações Unidas nesta quarta-feira (21), para criticar o presidente russo Vladimir Putin.
A crítica foi feira após Putin divulgar um comunicado em que reiterou ameaças de uso de armamento nuclear contra os EUA e outras nações contrárias à ocupação da Ucrânia.
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Biden afirmou que o líder russo “violou descaradamente” a Carta das Nações Unidas e afirmou que não permitirá a instalação de uma guerra nuclear.
“Uma guerra nuclear jamais deve ser travada e não é possível vencê-la”, afirmou o presidente.
No comunicado de Putin, o líder também afirmou que pediu a mobilização de 300 mil reservistas do exército russo para o conflito em terras ucranianas, o que caracteriza a maior mobilização nacional desde a Segunda Guerra.
O chefe de Estado ainda pediu para que outras nações “precisam ver” a ofensiva de Putin contra a Ucrânia como uma tentativa de extinguir o país.
Vale lembrar que, apesar do discurso de Biden, os EUA também infringiram preceitos da ONU ao invadir o Iraque em 2003, em uma ação considerada pelo secretário-geral da organização, Kofi Annan, como ilegal.
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No comunicado divulgado por Putin nesta quarta-feira (21), o líder diz que a Rússia tem sido ameaçada, inclusive com armas nucleares.
A estes, Putin afirma que “os ventos podem mudar”, em uma afirmação interpretada pela diplomacia global como uma ameaça velada de uso das referidas armas.
Referência
Entende-se que Putin se referia a uma fala de Biden dita em uma entrevista a CBS veiculada no domingo (18).
O líder dos EUA afirmou que caso a Rússia pensasse em usar armas nucleares, a resposta dos EUA seria “consequente” ou “proporcional”, mas se recusou a detalhar a informação.