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Poluição e desastres naturais aumentaram no mundo em 2021, diz IEP

Fomes, desastres naturais

Crianças refugiadas afegãs brincam perto de uma bomba de abastecimento de água na aldeia de refugiados de Kheshgi, no distrito de Nowshera, Paquistão -Foto: Acnur/Qaiser Khan Afridi

O mundo tem registrado um aumento na poluição do ar e nos desastres naturais em 2021. Muitos países deixaram de se preocupar com as mudanças climática nos últimos anos.

É o que revelou nesta quarta-feira (19), o Relatório de Ameaças Ecológicas (ETR), produzido pelo Instituto para Economia e Paz (IEP), apresentando a exclusiva Pesquisa de Risco Mundial da Lloyd’s Register Foundation.

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Todos os anos, o ETR analisa as ameaças ecológicas para avaliar quais países correm mais risco de conflitos, conflitos civis e deslocamentos causados pela degradação ecológica e eventos relacionados ao clima. A princi

al descoberta do ETR é que, sem ação conjunta, os níveis atuais de degradação ecológica serão agravados, intensificando os conflitos existentes, tornando-se um catalisador de novos conflitos e aumentando a migração forçada.

O relatório analisa o risco ecológico, a resiliência da sociedade e a paz para 228 países e territórios, 3.638 distritos administrativos 

Aumento da Poluição

Atualmente, existem 33 megacidades, e a previsão é que esse número aumente para 47 até 2050.

As megacidades apresentam as maiores taxas de crescimento da população, o saneamento mais insatisfatório, níveis mais altos de crimes pequenos e de crime organizado e poluição do ar generalizada.

As cidades com os maiores desafios apresentam o maior crescimento populacional, destacando a relação precária com a falta de sustentabilidade.

A poluição do ar custa ao mundo USD 8,1 trilhões por ano, ou 6,1% do PIB global, ceifando entre 6 e 9 milhões de vidas.

Nove cidades têm mais de 20 vezes o nível máximo de poluição do ar recomendado pela OMS, incluindo Lahore, Cabul e Agra.

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Preocupações com o clima

Desde 2019, o mundo ficou menos preocupado com as mudanças climáticas, com queda de 1,5% para 48,7%.

As regiões expostas aos mais altos níveis de ameaça ecológica são, em média, as menos preocupadas com as mudanças climáticas, como a África Subsaariana e o sul da Ásia, que classificam guerra, terrorismo, crime, violência e meios de subsistência como as maiores preocupações.

Singapura registrou a maior queda em sérias preocupações com as mudanças climáticas, com um declínio de quase um quarto entre 2019 e 2021 para 49,4%.

Treze países da Europa registraram um declínio na preocupação com as mudanças climáticas, com a maior queda na Bélgica.

As populações de Singapura e da Bélgica apresentaram maior probabilidade de se preocuparem com a segurança das estradas e com a saúde do que com as mudanças climáticas.

Na China, o maior poluidor do mundo, apenas 20% dos cidadãos acreditavam que as mudanças climáticas são uma preocupação séria, caindo 3% desde 2019, uma das taxas mais baixas do mundo.

O terceiro maior poluidor, a Índia, obteve uma pontuação insatisfatória de 39%, mas melhorou 3,7%.

Os EUA, o segundo maior poluidor do mundo, mostraram uma preocupação um pouco maior do que a média global, com 51,5%

Desastres naturais e migração em massa

O impacto dos desastres naturais é definido pelo nível de resiliência de um país.

A Ásia-Pacífico é a região mais afetada por desastres naturais, seguida pela África Subsaariana, América Central e Caribe.

As inundações são o desastre natural mais comum em todo o mundo, com 5.079 incidentes registrados desde 1981.

Na última década, o custo médio global dos desastres naturais foi de USD 200 bilhões por ano. Esse valor é quatro vezes maior do que nos anos 1980

Com os desastres naturais tornando-se mais frequentes, as comunidades terão dificuldade para se recuperar antes que o próximo ocorra. Isso pode resultar em migração em massa forçada.

Os países de destino da UE incluindo Alemanha, Suécia, Áustria e Grécia, receberam mais de um milhão de refugiados em 2021.

Em 2021, os países que apresentaram os maiores deslocamentos internos devido a conflitos e desastres naturais incluíram Síria, Etiópia, República Democrática do Congo, Afeganistão e Sudão do Sul

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