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Cristina Kirchner é condenada a seis anos de prisão por corrupção

Cristina Kirchner foi condenada pela Justiça da Argentina - Foto: Víctor Bugge/Casa Rosada

Cristina Kirchner foi condenada pela Justiça da Argentina - Foto: Víctor Bugge/Casa Rosada

Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, foi condenada a seis anos de prisão nesta terça-feira (6) pela Justiça do país. Além disso, ficará inelegível.

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Kirchner foi declarada culpada em um processo que investigava sua participação em um esquema de fraude enquanto presidiu a nação latina, entre 2007 e 2015.

Conforme a denúncia do Ministério Público argentino, Kirchner e vários ex-funcionários de seu governo formaram contratos milionários para obras rodoviárias que estariam incompletas, superfaturadas e que seriam também desnecessárias.

A denúncia trata especificamente de 51 licitações rodoviárias na província de Santa Cruz, de onde era seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, e onde ambos desenvolveram boa parte de suas carreiras profissionais e políticas antes de saltarem para o cenário nacional.

Após o anúncio da sentença, apoiadores de Kirchner em Buenos Aires protestaram nas imediações do tribunal, inclusive avançando contra a proteção montada ao redor do edifício.

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Também após a divulgação da condenação, a vice-presidente se pronunciou através de uma live em suas redes sociais, afirmando que a condenação é inconstitucional e que há uma ‘máfia judicial’ na Argentina.

A decisão também a desqualifica para o exercício de cargos públicos.

De acordo com a acusação, foram cometidas fraudes que tiraram US$ 1 bilhão.

“Condenar Cristina Elizabeth Fernández de Kirchner a seis anos de reclusão, inabilitação perpétua para o exercício de cargos públicos, acessórios legais e custas processuais por responder criminalmente pelo delito de administração fraudulenta em detrimento da administração pública”, declarou o juiz Jorge Gorini.

Cristina Kirchner tem foro privilegiado

Apesar da condenação, ela não vai ser presa porque tem foro privilegiado e ainda pode se candidatar a um terceiro mandato.

Kirchner nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição política, denuncia que vem sendo sustentada pela vice-presidente desde 2019 quando começaram a ser realizados os julgamentos.

A decisão desta terça é a primeira instância que abre um longo caminho, que pode durar anos, de recursos antes de ser finalizada, o que lhe permitiria concorrer a qualquer cargo nas eleições gerais de 2023.

Em suas declarações finais perante o tribunal, Kirchner acusou os juízes de terem “inventado e deturpado” os fatos. “Isto é um pelotão de fuzilamento”, acusou.

Ela também condenou as acusações dizendo que não tem base legal e que “as decisões, sobre investimento público são de competência exclusiva dos órgãos políticos e não há norma legal que estabeleça limites sobre como deve ser feita a sua distribuição”. Além de Cristina, outras 12 pessoas foram julgadas.

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