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Reunião do Mercosul expõe atritos internos entre presidentes nesta terça, 6

Sede do Mercosul fica em Montevidéu, no Uruguai - Foto: Reprodução/Igna/Wikimedia Creative Commons

Sede do Mercosul fica em Montevidéu, no Uruguai - Foto: Reprodução/Igna/Wikimedia Creative Commons

Realizada nesta terça-feira (6), a reunião da Cúpula de Presidentes do Mercosul expôs tensões sobre a flexibilidade comercial do bloco, em Montevidéu.

Os atritos do encontro são entre os presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e da Argentina, Alberto Fernández.

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Pelo Uruguai, Lacalle Pou reafirmou a intenção de negociar um acordo de livre comércio com a China e pediu apoio dos parceiros para entrar no Acordo Transpacífico.

Para Lacalle, o Mercosul seria “uma das áreas mais protecionistas do mundo”.

“Ninguém pegou um avião para buscar conflito, mas para buscar um retorno” à disputa, disse Lacalle.

Com a declaração, o presidente do Uruguai admite a existência de tensões internas. Ele descreve ainda o bloco como “uma zona de livre comércio imperfeita”.

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Conflitos do Mercosul

Na última segunda (28), chanceleres do Paraguai, do Brasil e da Argentina já haviam advertido o Uruguai com sanções legais e comerciais.

Os países criticaram a atitude dos uruguaios na busca de acordos bilaterais, interpretados pelos demais como uma violação da regra do consenso para a tomada de decisões.

O presidente argentino, Alberto Fernández, reforçou que o acordo com a União Europeia é desvantajoso para seu país porque não contempla assimetrias.

Fernández também reconheceu que o Uruguai é um país autônomo e pode assinar um acordo de livre comércio com a China, mas pediu um estudo conjunto.

O gestor argentino reconheceu que o “grande problema” do Mercosul são as assimetrias dos próprios membros.

“Nós nunca os resolvemos. É hora de ver como vamos resolvê-los”, argumentou Alberto.

Na cúpula, o Uruguai entregou a presidência temporária do bloco à Argentina.

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